terça-feira, 8 de março de 2011

Capa

Aloisio Lago

Obrigado à todos por esses 10 anos

Ao celebrar dez anos de existência, estamos reunidos na casa de Deus, com amigos, simpatizantes, políticos, anunciantes, enfim, com a sociedade santamarense, para festejar com o brilhantismo que a data requer esse maravilhoso dia que coincide, com a alma desse povo que tem como marcos religiosos os dias 15 de janeiro dedicado ao Senhor Santo Amaro e o 2 de fevereiro consagrado à Nossa Senhora da Purificação.

Em 2000, candidato à Prefeito da cidade para marcar uma posição política, após exercer o meu direito de voto, no Círculo Operário Católico de Santo Amaro, fui questionado por Zezão e Zopa, preocupados com o futuro político da cidade e com a sorte dos santamarenses. Perguntaram-me: o que fazer daqui pra frente? De imediato lhes respondi: fundar e escrever um Jornal, comprometido com a cidade e com a sua gente. Nasceu ali um jornal, como uma criança; faltavam as providências de registro do menino, e dar-lhe nome, reconhecer a sua personalidade jurídica. Na rodoviária, ao embarcar para Salvador, um encontro marcante com Zé Wilson Bacelar Dantas, a quem prestamos homenagens póstumas. Durante a viagem discutimos a linha editorial, o formato, e a logomarca do jornal. Não demorou e surgiram naturalmente o nome e a logomarca: O Trombone.

Através desse periódico, quem não tinha como protestar, denunciar, sugerir, historiar, poetizar, analisar condutas e fatos, passou a ter a sua disposição um veículo de comunicação, importante, sim, para a cidade e o seu povo. A maior das marcas desse periódico é o compromisso comprovado ao longo desses dez anos: a Verdade. Quem a exercita tem a consciência tranqüila, e por esse exercício, é merecedor da confiança popular, daí a credibilidade que goza.

Retrocedendo ainda no tempo, nos reencontramos no dia 2 de fevereiro de 2001, na Praça 14 de junho, às 19 horas, para o lançamento oficial que se resumiu a uma pequena distribuição dos 3.000 exemplares, em preto e branco, no formato duplo oficio, impresso na Gráfica do Sindicato dos Petroleiros, com matéria de capa assinada por Mabel Velloso, dedicada a Nossa Senhora, destacando do texto: “O dia 2 de Fevereiro é um dia especial no coração de cada Santamarense que canta e pede à “Virgem Mãe Puríssima” que nos dê “paz e proteção para que possamos chegar ao Vosso coração”. E nós, do Trombone elevamos à Virgem Puríssima, Mãe de Deus e de todos os homens, uma prece de gratidão eterna por nos conservar com os exemplos dos nossos pais: dignidade, honradez, justiça, lealdade e verdade.

Os dois primeiros exemplares foram para as mãos de Geraldo Salles, a R$ 1,00 cada. Mais tarde, Geraldo, para orgulho e satisfação nossa, tornou-se um dos principais articulistas desse periódico, escrevendo por um bom tempo até o momento em que deixou para reabrir o Jornal A Defesa, agora, de sua propriedade. A coluna por ele assinada levava o título “Meu Santo Amaro”, para homenageá-lo, por seu amor e carinho à essa cidade.

Logo no dia seguinte, portanto 10 anos hoje, fomos procurados pela querida Dona Zozó, para nos parabenizar pela iniciativa e incentivar a continuidade do periódico. A cada edição, olhe ela, gente! com a mesma cantiga, mesmos gestos: meu filho! está lindo, continue assim, e continuamos, só que mais envelhecidos pelo tempo vivido de dez anos, cabelos mais grisalhos, contudo, caráter mais sólido, com perspectivas futuras mais realistas, sem sonhos mirabolantes, muito menos devaneios, mas determinação segura de servir à cidade, sobretudo a sua juventude, porquanto é ela a grande esperança, de um dia encarar os desafios políticos, sociais, econômicos dessa sofrida terra. Não nos parece ser um sonho impossível se nos determinarmos a sair da posição de críticos contundentes sem nada oferecer. Temos consciência de que se nada fizermos a curtíssimo prazo vamos comer do fruto amargo que plantamos e que regamos todos os dias, e também para colhe-los.

Ao longo desses 10 anos, são inúmeros os seus colaboradores, muitos dos quais nos ajudaram na conclamação para essa solenidade, sim, solenidade mesmo, porque somos dignos dela, pela determinação de sustentar com a ajuda de poucos, que se transformaram gigantes, para que pudéssemos estar aqui reunidos, não lamentando, nem chorando, ao contrário corações alegres, sorriso estampado na face, e a boca escancarada, cheia de dentes, parafraseando o grande Raul Seixas, sem estarmos diante do trono de um apartamento qualquer, esperando a morte chegar, porque estamos na plenitude das nossas consciências, certos de que a juventude precisa de um farol para que possa buscar o seu caminho. Acreditamos que não estamos sendo demagogos com essa afirmativa. Tudo que dissemos, como pensamentos nossos ou não, jamais mereceu correção de quem quer que fosse. É isso que nos conforta e nos permite assertivas como essa, porque o máximo que pode ocorrer com uma das afirmações quaisquer, é a busca da verdade, é o esclarecimento, e nos propugnamos a isso. Quando a nossa juventude acordar, vai pesquisar o tempo desperdiçado, nas bibliotecas da cidade, e vai encontrar palavras ácidas, quando da análise de um comportamento qualquer, sobremodo, quando envolvendo recursos públicos, mas, não vai encontrar palavras desrespeitosas.

É possível, na qualidade de mortais, que ao longo desses dez anos tenhamos cometido algum deslize, imperceptível, tão diminuto, que não se tem registro de falha, e se porventura alguém se sentiu agredido, ofendido, por nós, aqui, diante de Deus, nos penitenciamos.

Ainda jovem, buscando nos livros o saber e o conhecimento, li de um filósofo que não me recordo o nome, uma pequena citação que até hoje, apesar da distância, não me esqueci.

“O que importa é saber a que fui destinado: ver o que Deus quer propriamente que eu faça. O que importa é encontrar uma verdade que seja verdade para mim e uma idéia pela qual eu possa viver ou morrer”.

Fui destinado, apesar de todos os sacrifícios e incompreensões, a abrir caminhos e ultrapassar obstáculos sem olhar para trás, sempre com os olhos e a mente projetados para frente, ainda que por linhas tortuosas.

O encontro da verdade é sempre uma luta permanente, diuturna, porque os ouvintes precisam crer naquilo que ouvem, senão o retrocesso político é iminente e a descrença e a desesperança lhes domina.

A idéia, a mais rica das peças abstratas do homem, nos leva a soluções inimagináveis, busca fórmulas para diminuir o fosso social.

Tudo isso me fortalece no dia a dia, e me ajuda a superar dificuldades, especialmente quando aliado a vocês, na concepção de mais uma edição do Trombone. Isso demonstra que sozinhos não somos nada; mas, somos muita coisa quando agimos coletivamente.

A imprensa tem forte influência num regime democrático; tem um papel fundamental no controle das atitudes do governo, especialmente, quando essas não correspondem aos reclamos da sociedade e se aliam a interesses inconfessáveis. Ela zela pela segurança nacional, defende o território pátrio e se junta aos mais dependentes para o respeito aos seus direitos fundamentais, denunciando quem, em nome do povo, negocia parte da soberania nacional. Todas as tentativas de cerceamento da liberdade parcial ou total da imprensa, é um tiro certeiro na democracia, e todos devemos repudiar essas tentativas. Democracia é imprensa livre! É liberdade total do ir e vir! O resto é golpe!...

Por fim, mais duas homenagens póstumas a duas figuras distintas: a primeira ao companheiro e colaborador desse jornal, por longo período Vivaldo Ornelas; a segunda, a um brasileiro, que com a sua coragem e bravura, ajudou o país a se reencontrar com o seu povo e estimulou a juventude a estar sempre atenta aos movimentos de força, interno ou externo: Chico Pinto, foi um grande formulador de edições desse jornal que agora lhe rende homenagens pela sua luta em defesa dos oprimidos. Por fim, como dizia o grande Chico Pinto, a nação parava para escutá-lo quando assumia a Tribuna da Câmara dos Deputados, não há derrotas definitivas para a liberdade, ou, se preferirem outra frase construída num dos seus gigantescos comícios em Santo Amaro: Foi aqui, com vocês, que aprendi a cantar o Hino da Independência e a proclamar, ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil.

Coluna do Betinho d`Saubara

DIA DA BÍBLIA

Nos dias 11 e 12/12/2010, na Praça/Rua do Amparo ,para comemorar a passagem do Dia da Bíblia, a Ordem dos Pastores Evangé-licos de Santo Amaro sob a presidência do Pr. Jayme Bispo Cavalcante. O evento “Santo Amaro em adoração”, reuniu pastores, missionários e ovelhas de várias igrejas. A duração do culto religioso “pareceu uma vigília”, tendo pregação do Pastor Cícero Júnior e apresentações artísticas de cantores da música gospel: a feirense Jilmara de Jesus Figuerêdo cantou canções do seu primeiro cd “Há uma luz”. A pernam-bucana Dayane Alves apresentou músicas do seu primeiro cd “Ele é fiel”. Valter Santos, Nel Santos e Gene Ramos : Cantaram e louvaram o Altíssimo Deus. O momento mais esperado de toda a realização do evento ficou por conta da apresentação da humilde, educada e simpática Aline Barros. És uma grande serva de Deus! Carioca, a compositora e cantora Aline Barros, 34 anos, com vinte cd`s gravados, realizou um magnífico show dançante com muitas orações e consagradas canções: “Só alegria. Não houve espaço para tristeza”. A Ordem dos Pastores Evangélicos de Santo Amaro que durante dois dias de louvor e adoração ao Magnânimo Deus super-lotou de evangélicos a Praça/Rua, com as igrejas e respectivos pastores: “Primeira Ig. Batista de Santo Amaro” (Pr. Jayme B. Cavalcante), “Sara Nossa Terra” (Pr. Erivaldo G.de Souza), “Assembléia de Deus” (Pr. Agnaldo), “Presbiteriana de Santo Amaro” (Pr. Nivaldo), “Jesus Cristo é o nosso Deus” (Pr. Raimundo Rocha), “Semear” (Pr. Isaac Rocha), “Evangélica Quadran-gular” (Pr. Farias), “Poder Celestial” (Pr. Reinaldo Machado), “Poder de Deus Pentecostal” (Pra. Eliana), “Bíblica Missionária” (Pra. Somalia), “Ig. da Proclamação” (Missionária Ma-ria das Graças), “Presbiteriana Viva” (Pr. Eric), “Pentecostal Raízes de Jessé” (Pr. Roque Santos), “Portal do Milagre” (Pr. João Pires) e “Ig. do Alvoredo” (Pr. Juscelino Figuerêdo).

SADEL

No Estádio Capanema (estrada Cachoeira / Santo Amaro), dia 13/01, figuras ilustres e de peso (Ameba, Buda, Tabica, Mário Petescol, Ivo Motoboy, Carminha de Zequinha, Bebé, Vera), comemoraram o aniversário do popular amigo “Sadel” (proprietário do Hotel Purificação), com churrasco , maniçoba e caixas de cervejas. Tudo patrocinado pelos ricos empresários da barraca “Espaço Livre” e da loja “Baratão”.

BETHÂNIA E AS PALAVRAS

Dia 28/01, no Teatro Vila Velha (Salvador ), reunindo familiares, amigos, intelectuais, fãs clubes: “Rosa dos Ventos” (Bahia) e “Grito de Alerta” (Pernambuco), autoridades e convidados especiais: Salvador, São Paulo, Aracaju, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Portugal (Cristina Rosal), a intérprete/atriz/cantora Maria Bethânia – acompanhada pelos músicos Jaime Além e Carlos César - realizou recital (recheado de músicas e poesias) “Bethânia e as palavras”. A voz e a interpretação de Bethânia proporcionaram um apoteótico espetá-culo cênico (quando foram declamados poemas de Castro Alves, Nestor Oliveira, Fernando Pessoa - principal-mente. Neide de Jesus (Presidente do “Rosa dos Ventos”) era só alegria. Valeu! Obrigado, Maria Bethânia.

NIVER DO “GUGA”

A fim de comemorar o seu aniversário (31/01), o falante e torcedor do “Baêa”, Gustavo “Guga” (filho de Marli e João de Deus “João da Caixa”), reuniu sele-tos colegas da Escola Cooperativa (Thiago Bonfim, João Emanuel, Felipe Fernandes, Cristiano Pugas Portela Júnior, Felipe Cerqueira e Tiago), no triplex da sua luxuosa mansão (Rua Barão de Sergy). Como de praxe, durante a festança, o aniversariante Guga faz o seu longo e memorável discurso: “Tô contente, porque é meu aniversário”, aplaudido por convida-dos especiais (Thassya, Thalles, Aiza, João Victor, Márcio, Marília, Marise, Mércia, Israel, Felipe, José Roque, Ruth Rastelly, Lilita Farias, Maria “Fifi”, Ademário do “Caldo” e Robert – que se deslocaram exclusivamente de Bom Jesus dos Pobres e Cabuçu, dentre outras celebridades). Os almoços, jantares, bolos, doces e salgados foram patrocinados por “DeFeTur”.

NIVER DE ROBSON

Com direito a celebração de uma Santa Missa (Ig. do Rosário) e farto almoço (Jardim Verde Vale), foi comemorado o aniversário de Robson da “Loja Com-prou Levou” (06/02). Os convidados saborearam feijoada, maniçoba, xinxim, sarapatel, caruru e moqueca. Todas as deliciosas comidas foram preparadas por dona Conceição e Corina. Os filhos do aniversariante lhe presentearam com um novíssimo carro .

CALOUROS

O semestre 2011.1 da UFRB (Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL/Cachoeira) estará muito mais iluminado com as brilhantes presenças dos novos CAHLouros: Iran Herlandsen (Gestão), Moisés (História) e Archenan (Audiovisuais).

NIVER DO LAFINHO

Numa festa vip (totalmente exclusiva e privada), o roqueiro Lafinho (que é um dos colaboradores deste Jornal), no “Bar Vermelho” (localizada na reinaugurada Praça da Purificação), reuniu duzentos amigos para comemorar a passagem natalícia dos seus 26 aninhos (18/02). Durante a realização do megaevento, a turma do “Rock” curtiu maravilhosas baladas musicais e bebeu muitas bebidas .

NIVER DE IRAN

Usando as cores oficiais do Estado da Bahia (azul, vermelho e branco), Iran - torcedor do Baêa – na cobertura do seu triplex, comemorou seu aniversário (19/02), com direito a charanga, lava-gem e a presença de convidados (tra-jados a rigor. O hino do tricolor foi a música oficial do evento.

LAVAGEM

Este ano a “Lavagem da Purificação” foi prestigiada por excelentes pessoas, dentre elas: Fã Clube Maria Bethânia “Grito de Alerta” (Recife – PE); Cristi-na Rosal (cantora - Portugal), Juliana Ribeiro (cantora – Salvador); Irisvan, Carla, Irisvan Yuri e Irlan (Salvador). Eles gostaram da “tradição” e tiraram fotos com dona Canô Veloso, Maria Bethânia, Nicinha do “Samba-de-roda”, Bebé, Mãe Lídia e Pai Pote.

VETERANO

Dia 30/01, o famoso jogador de futebol - “Pai-vô-pai” foi participar da “Lavagem da Purificação”, porém perdeu todos os seus pertences: carteira de cédulas -; correntes e anéis (ouro, prata e bronze), celulares (todas operadoras), cartões de créditos e escritura da casa familiar. Quanto vexame! Quanto desespero! A fim de solucionar o grande problema de “Pai-vô-pai” seus amigos (Ameba, Vado, Kathega, Elton Maia, Carlos Salvador, Buda) noticiaram a perda da bolchete e pagaram R$ 10,00 pelo achado.

SEMENTES DE CIDADANIA

Na Galeria de Arte Caetano Veloso (Campus Avançado da UEFS / Santo Amaro), houve o lançamento do livro “Sementes de Cidadania” (12/02), de autoria do Profº Cleudo Barros, que contou com o apoio cultural da Editora Shekinah, da Academia de Letras de Santo Amaro, das Lojas Maçônicas “Deus, Pátria e Família” (Santo Amaro), “Luz e Fraternidade” (Feira de Santana) e do Centro Universitário de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (CUCA/UEFS).

Sidney

A Penha Papéis Bota As Mangas De Fora
Toda a ação praticada contra pes-soas sem que elas sejam sabedoras, não resta nenhuma dúvida, é uma violência que se pratica contra o homem, desconhecendo a sua cidadania e não leva em consideração consequências que sempre advêm da atitude. O fato: Antonio e Gordo, ocupam há mais de 17 anos, uns 32 hectares de terra, situados às margens do rio Traripe, e criam mais de 40 cabeças de gado nas imediações da Igrejinha que simboliza o marco inaugural da cidade, à margem direita da rodovia que liga essa cidade a Salvador. De uma hora para outra, a Penha Papéis, mandou derrubar as cercas que foram edificadas pelos pos-seiros Antonio e Gordo, confinaram as cabeças de gado em local com pouca comida e água, e simplesmente, ocupou a terra, sem que tivesse tido uma decisão judicial  para reintegração de posse da terra ora em litígio. Os posseiros, lógico, estão adotando providências para terem os seus direitos de permanência na área em conflito. Espera-se que a justiça seja breve na apreciação dessa questão, pois, é dessa terra que sai o sustento de suas famílias, e o fornecimento de leite para muita gente em Santo Amaro. 

Que Passarela é Essa?

A cidade está em expectativa permanente com o futuro da “passarela do álcool”, localizada ao lado da Estação Rodoviária, próxima a Invasão da Nova Santo Amaro, vizinha da Pitinga, bem perto do Trapiche de Baixo e outros periféricos. A tal “passarela”, de vermelho e branco, o verde oliva ou de campanha, não se fazem presentes de forma rotineira para garantir a segurança dos proprietários dos boxes e seus funcionários, quanto mais da clientela que freqüenta esse novo point. Assalto? Já teve! Extorsão? Sim, já teve! Ameaças? O que, já teve sim! Numa das noites da passarela, um grupo resolveu fazer dinheiro no pedaço. Foi simples: deu uma de cobrador de segurança e “usando” o nome e a fama de Fuscão, foi lá cobrar “pedágio” dos proprietários dos boxes. Um outro grupo, resolveu fiscalizar os banheiros, e quem precisou fzer xixi, teve que pagar uma taxa, já denominada “a taxa do mijo”. Motoristas que freqüentam o trecho já presenciaram jovens fazendo “carreirinhas de pó”, para se deliciarem com o êxtase. Estamos sabendo que a Prefeitura já tomou algumas providências para evitar ou postergar o mal maior. De 2ª a 5ª feiras, o funcionamento da “passarela do álcool” só vai até as 22 horas. Nos dias de maior consumo de bebidas e comidas o funcionamento é liberado. No dia que fizerem um pagodaço, ou uma noitada de regae, aí o couro vai comer e se não tiver policiamento, a coisa pode pegar. Tudo sem planejamento e um estudo de situações pode levar a vaca pro brejo.

Primeira Mentira Do Trombone

Depois de muita conversa consegui convencer o nosso editor chefe correr o risco de divulgarmos a primeira mentira desse jornal, que tem como lema A VERDADE. Deus permita que eu esteja errado, mal informado, etc. e tal. Vamos às noticias: primeira, o prédio onde funcionou por décadas o Fórum Odilon Santos e hoje, salvo engano, pertencente à Academia de Letras de Santo Amaro, por doação, no governo João Melo, localizado na Praça da Purificação, vai ser demolido pela prefeitura durante o Carnaval, para ser construído um Parque Infantil; segunda, o terreno onde hoje funciona O CAPETA, onde foi a residência de Stela Mutti, vai ser transformado definitivamente em uma outra “Passarela do Álcool”. Repito: estou pedindo à Deus que isso não seja verdade, mesmo que tenha que pagar um preço por isso, mas como diz um velho ditado: é preferível pagar pelo excesso do que pela omissão. É questão de tempo. Não creio que o prefeito Ricardo seja maluco a esse ponto, então, porque essa nossa posição? Reparem bem, se não faz sentido colocar a barba de molho! Bem em frente ao imóvel do antigo Fórum foi construído um enorme redutor de velocidade, ocupando toda a largura da rua, por mais ou menos 2 metros de comprimento, para ligar o passeio dessa calçada, à Praça; no outro imóvel a mesma coisa, para evitar que um bêbado qualquer seja atropelado. Tanta bobagem, é a maldição da Praça da Purificação. Quem é superticioso é bom baixar num terreriro.

Santo Amaro não é mais aquele

Os assassinatos, os roubos, os furtos, se sucedem no município, se incorporam ao seu dia-a-dia e se transformam em fatos corriqueiros, agregados ao coti-diano santamarense. Já é comum a aglomeração de pessoas (muitas) em frente ao Hospital Octávio Pedreira, quando ao som das sirenes das viaturas, a polícia chega, geralmente conduzindo alguém abatido por ela, por estar praticando crimes contra a população, a sociedade  ou ao patrimônio público. O tráfico e o consumo de drogas, são os grandes estimuladores desses crimes, e agora, como nos grandes centros urbanos, (ainda não estamos nessa categoria) os grupos que dominam determi-nadas áreas para a venda das drogas, disputam na bala e na faca esses espaços. Semana passada, dois desses  fincados nas imediações da Candolândia, se defrontaram na luta pelos espaços e dois seres humanos tombaram mortos. Providências minha gente!

Andando Como Tartaruga

A Câmara de Vereadores, normalmente decide como Durango Kid, rápida no gatilho. Assuntos da mais alta relevância são votados numa rapidez impressionante, quase sempre, de acordo com a vontade do Prefeito. Mas, tem o outro lado, assuntos também importantíssimos não são apreciados com a mesma rapidez, é o caso do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios que rejeita as contas do ex-gestor João Melo. A comunidade santamarense está perplexa com a demora e ansiosa para ver como os vereadores vão sair desse episódio, se  como heróis, ou como vilões.

Olhe o crime!

A Escola João Câncio, no Sitio Cama-çari não começou o seu ano letivo, portanto, os alunos estão sem aulas. Qual a razão? A Escola está suja e cheia de mato por todos os lados. Qual a solução encontrada? Como o município não cumpre com o seu papel e suas obrigações com as crianças, a diretora da Escola resolveu botar a meninada para fazer a limpeza interna e a capinagem de todaa área que envolve essa Escola. Revoltados os pais denunciam,

Edney Santana

"Somos tão jovens"

Gostava de passar as tardes no chafariz da Purificação com alguns amigos, quase sempre tocando violão e bebericando vinho barato, à noite nunca deixei de ir estudar no Teodoro Sampaio. Nos anos de 1990 o Teodoro fervia, tinha quase dois mil alunos, havia o grêmio estudantil (o qual fazia parte), uma infinidade de bandas formadas pelos alunos, bandas que iam de axé ao rock e é claro eu tinha minha banda de rock a “Flor Marginal”.

O Teodoro era palco para todas manifestações juvenis, mas não era fácil, assim com Santo Amaro, o Teodoro daquela época era dos sobrenomes, das famílias (embora decadentes), “ilustres”. Então tudo que fazíamos era: medíocre, desorganizado, éramos feios, eram os “silvas” os “santos”, tínhamos os pés nas senzalas e não na casa grande.

Sentar no ilustre chafariz e beber vinho barato podia ser sim um encontro com a nossa ancestralidade que até hoje lutamos para afirmá-la como parte essencial na construção deste país, afinal cada peça histórica guarda o sangue e suor de duas civilizações mutiladas: a indígena e a negra.

E o tempo passou... Dos meus amigos de geração em Santo Amaro ficaram pouquíssimas pessoas, a maioria foi embora. Dessa geração que estudou no Teodoro e gostava de beber, tocar violão no chafariz saíram metalúrgicos, músicos, pintores industriais, advogados, químicos, professores, escritores, comerciantes, motoristas, feirantes e marceneiros.

Nesse exato momento no qual a cidade ganha uma nova Praça da Purificação, minhas memórias vão ficando para trás, a velha praça, mesmo tombada, desapareceu (o que deveria ser restaurado foi destruído), mas agora mesmo enquanto o povo se encanta com as novas luzes dezenas de jovens santoamarenses estão indo embora, não terão saudades ou lembranças nem mesmo dessa nova praça porque Santo Amaro com praça ou sem praça continua sendo uma cidade sem alternativas para a juventude e um perigoso lugar para se envelhecer já que nem geriatras temos aqui.

O futuro nos chama cada vez mais para longe. Franklin Romão, um escritor santoamarense que viveu apaixonadamente sua juventude, escreveu em seu livro-Quando o açúcar era doce-: “Santo Amaro é o melhor lugar do mundo para quem não tem compromisso algum com o futuro”. Isso é triste, mas ainda é uma realidade nos nossos dias nos quais nossos irmãos, filhos, namoradas, amigos, maridos vão cada vez mais cedo embora tentar a sorte em Camaçari, Salvador ou Feira de Santana.

Sinto saudades do Teodoro, sentar na rampa e tocar violão até os dedos doerem, depois ir para a praça beber vinho, recitar poemas, mas nunca, nunca fazer mal a ninguém. A juventude é por excelência o encontro de todas as paixões, um cruzamento de emoções que vão definir e marcar para sempre nossa personalidade. O erro é sempre o mesmo: achar que nesse momento de profunda beleza e revelação do ser humano consigo mesmo ele está perdido e precisa ser controlado, orientar deveria ser a palavra, controlar nunca.

A ignorância imposta pelo regime governamental do país através de um sistema educacional baseado em aberrações pedagógicas vem contribuindo e muito para o desalento social de parte importante da nossa juventude. O aumento no uso de drogas ilícitas, o abuso do álcool entre a população mais jovem é agravado pela ausência de políticas públicas que deveriam facilitar a essa juventude explorar suas potencialidades, no máximo cada jovem é apenas um número que representa verbas dos fundos mantenedores do sistema público de ensino, as quais não raro são desviadas sistematicamente fazendo a alegria de quadrilhas organizadas protegidas por um emaranhado de leis cretinas quase sempre idealizadas por criminosos protegidos por mandatos eletivos, criminosos que são também financiados pela narco-política a qual age como mecenas desses ilustres representantes da nossa democracia de papel.

No último PISA (índice que avalia a educação em todo mundo) os estudantes do Brasil ficaram em 53º lugar em leitura e 57º em matemática e 53º em ciências. Mas não se iluda, a tragédia educacional juvenil não é igual em todo país, ela se aprofunda e muito no nordeste. É preciso uma sólida reserva de miseráveis para que o poder se perpetue entre mesmos grupos políticos com alguma alternância, os miseráveis é que são sempre os mesmos e não raro atendem pelo nome de povo, e o povo pode ser tudo menos cidadão, quem manda sabe muito bem disso. No entanto parte do povo não é vítima é cúmplice disso tudo, utiliza o título de eleitor como cartão de crédito, nega a própria cidadania em troca de migalhas de sub- existência.

A juventude tem o poder de se reinventar. Um dia jovens meninas saíram às ruas e fizeram a revolução sexual, com o anticoncepcional passaram a ser donas do próprio corpo, um dia jovens cabeludos disseram não! E se recusaram a lutar em guerras, um dia jovens estudantes disseram não! E acabaram com a ditadura militar no país. A estupidez e a ignorância não podem vencer a alegria de ser sempre e para sempre como cantou Bob Dylan, Jovem!!!!

Contatos com o autor: http://cartasmentirosas.blogspot.com

Editorial

Editorial  - O Trombone nº 111

A Praça é um patrimônio público, do povo. É dos bêbados, dos loucos, dos namorados, dos políticos, dos estudantes, dos donzelos e das ´´donzelas``, dos poetas, das filarmônicas, dos artistas que a utilizam para apresentações diversas inclusive protestos, dos sonhadores, da meninada, de todo mundo, inclusive dos medíocres. Como a praça é um lugar público comporta também o imbecil, e todos, juntos, fazem a alegria ou a tristeza, com ou sem relevo, comum ou extraordinária, ordinária ou agradável, vulgar ou rara. Se o seu dono está feliz, como diz Caranguejo do Taxi : nada a reclamar, tem regras para julgamento de quem detêm o poder para fazer o bem estar coletivo de negros e brancos, ricos e pobres, homens e mulheres, enfermos e sadios. A praça também serve para os mentirosos, os enganadores, os incrédulos, os blasfemadores, e os tiranos exercitarem suas mentes, falarem o que o coração sente ou se agruparem em desejos inconfessáveis e se sobreporem a realidade dos fatos. É preciso acabar com o ridículo proselistimo de que não foi bem assim, que foi por falta de assessoria que a placa que deveria registrar o verdadeiro fato, ao invés disso promoveu a ignorância e não justiça aos que antes fizeram com que o povo nela se reunisse. A praça não foi inuagurada coisa alguma, ela foi reformada, ela foi reinuagurada, porque já existia, e serviu de palco para grandes confrontos de ideias, hoje, na lata do lixo; serviu para que as filarmônicas inebriassem o público amante da boa música, nos acordes do Apolo e da Lira dos Artistas; serviu de palco para concentrações religiosas da mais alta significação, hoje ampliada aos evangélicos. Ela hoje serve para confrontar o passado com o modernismo, realidades distintas com uma Igreja Matriz de arquitetura secular iniciada a sua construção em 1688 e concluída em 16 de outubro de 1700, em estilo néoclassico, quando foi celebrada a primeira missa; do lado oposto, no estilo barroco, foi iniciada a edificação do prédio da Câmara Municipal, em 1726 e concluída a construção em 1727. A Praça da Purificação data 0000, passou por duas reformas, uma idiota, no governo Mário Lima, e uma outra no segundo governo de Manoel Marques, que cometeu a estupidez de demolir os dois coretos que abrigavam políticos e artistas, em variados eventos. A própósito, os dois coretos tinha nomes atribuídos pelo povo: o dos engenheiros e o dos pedreiros, um mais suntuoso que o outro. O atual dizem que é um palanque para homenagear a Sociedade Filarmônica Filhos de Apolo, todo em vermelho e branco, em detrimento da Sociedade Filarmônica Lira dos Artistas com o seu verde e branco. Convidada para se apresentar no palanque do Apolo, músicos da Lira dos Artistas se recusam.

A praça reestruturada que serviu para contemplar tourada ``vinda diretamente de Madri´´ ainda tem um Chafariz construído e instalado durante os anos de 1870/1872, estupidamente descaracterizado com o piso em seu derredor pintado de vermelho. A nova praça não contempla a criança nem o idoso, e porque considerá-la como local aprazível se os extremos não se tocam? Muitos a consideram como a construção do século, e se sentem volvidos ao passado, lembrando o quanto foram felizes e não sabiam. Em verdade, ela é digna de uma administração mediocre. A sociedade continua se perguntando: quanto custou essa marivilhosa pérola?

Em foco nossa cultura - Ninho Nascimento - Entrevista

Pe. Rogério Marcos

Padre conte-me um pouco da sua história:

Sou da cidade de Astorga, no Paraná, nasci em 18 de junho de 1975, minha mãe é mineira e meu pai paranaense. Igreja, eu sempre participei, desde pequeno vivi todos os caminhos, batismo, catequese, primeira comunhão, crisma e também na comunidade, logo cedo comecei a participar do que chamamos de igreja de base que aqui na Bahia foi forte, mas não com a estrutura que tem no sul, que vem do movimento da filosofia da libertação que no Brasil, em especial no Paraná foi muito forte por ser uma igreja nova. Aqui na Bahia você tem uma tradição onde tudo já estava bem estruturado, então pra SEBIS penetrar nessa estrutura é muito mais difícil... Desde cedo entendi que ser igreja é você estar na rua, é você testemunhar o Cristo nas coisas mais simples do dia a dia, é lutar por aquele que não tem nem voz, nem vez. Digo os pobres porque venho de família muito simples e comecei a entender isso pela vivência de casa. Logo após a separação dos meus pais fui morar em Londrina, eu tinha treze anos e morei lá por dois anos. Comecei a trabalhar muito cedo, com 14 anos já tinha até carteira assinada com o registro de pequeno aprendiz, numa fábrica de celas de arreios para cavalos; ainda em Londrina trabalhei numa carvoaria, empacotando carvão, numa fábrica de estofados e em seguida fui pra São Paulo morar numa cidade chamada Santa Isabel que inclusive tem uma geografia muito parecida com Santo Amaro e a mesma relação que tenho, hoje, por aqui, tenho em Santa Isabel, de conhecer as pessoas, de estar nas ruas, visitar as casas, me identifiquei muito com Santo Amaro por causa dessa semelhança de lá que acabou sendo um amor paralelo. Em Santa Isabel comecei a trabalhar num abrigo pra idosos e foi uma experiência muito boa! No princípio foi difícil porque eu tinha apenas 15 anos e a responsabilidade de cuidar de 30 homens idosos, das sete da manhã às 15 horas. À noite eu ia para a escola. Amadureci muito neste período e pude começar a entender um pouco do processo da vida. Foi o abrigo que foi me levando para o caminho religioso. Já adulto fiz o curso de técnico de enfermagem pela faculdade São Camilo, trabalhei ma Beneficência Portuguesa de São Paulo, trabalhei também no Hospital das Clínicas, No Emílio Ribas, um hospital de infectologia, tenho uma grande experiência na área de saúde, de enfermagem e foi aí que descobri os padres camilianos, na congregação de São Camilo de Lélis que tem um trabalho específico em hospitais, foi daí que veio o desejo forte de ser padre.

Como o senhor veio parar em Santo Amaro?

Fiz filosofia com os camilianos, em São Paulo e quando terminei os estudos na UNIFAE, comecei a fazer um caminho de discernimento porque o padre tem um trabalho específico, cada congregação trabalha em uma missão específica, camilianos nos hospitais, franciscanos nas escolas e nós, os padres diocesanos que estamos ligados a um bispo que cuidam de paróquias, é o meu caso e o de monsenhor Walter. Quando terminei o curso pedi a um professor da arquidiocese de São Paulo, padre Fernando que inclusive tem um programa na Rede Vida, que me indicasse para a arquidiocese de São Paulo. Três dias depois o cardeal Dom Geraldo Magella pede para sua secretária me ligar pedindo toda minha documentação para fazer a minha matrícula em Teologia e também no seminário central da Bahia. Eu disse à senhora que havia um engano, pois nunca havia entrado em contato com o cardeal, não conhecia a Bahia, nem tinha pretensão de vir pra cá. Depois, conversando com padre Fernando descobri que foi ele quem indicou ao cardeal a minha vinda para cá, dizendo-me que o Espírito Santo me recomendou a Bahia, alegando ser o melhor lugar para mim e assim liguei de volta pedindo desculpas, enviei a documentação e esse foi o melhor presente que Deus poderia ter me dado. E nesse processo tem algo que é muito particular: cheguei aqui no dia 02 de fevereiro de 2000 sem mesmo saber dessa história da Festa da Purificação em Santo Amaro. Cheguei, fui pro seminário e fiz todo o processo de estudos de Teologia na arquidiocese de São Salvador, no último ano do seminário fui para a paróquia de Nossa Senhora dos Alagados que é onde o Papa João Paulo II inaugurou um belíssimo templo, onde também esteve, Madre Tereza de Calcutá e a nossa querida, amável e muito em breve Beata, Irmã Dulce. Então, é uma paróquia muito fértil, de presenças fortes e eu tive a graça de morar naquele lugar. Quando me tornei padre, Dom Geraldo me nomeou vigário da paróquia de Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Purificação e sendo assim, mais uma vez, Santo Amaro não foi escolha e sim, presença de Deus.

Uma das coisas que me encantam aqui na Bahia é que ricos e pobres vivem a mesma experiência, é muito comum você encontrar numa festa pessoas de todas as classes sociais, até mesmo numa festa em casa como o aniversário de dona Canô, por exemplo. Lá estão todas as classes sociais e todos foram convidados. Isso no Paraná não existe, as coisas por lá são muito claras, ricos com ricos, pobres com pobres e a igreja no Paraná, desde cedo procurou mostrar que essa diferença social não era justa...

Como é a sua relação com a nossa cidade e a comunidade católica?

Excelente! Ainda mais agora que sou santamarense de fato e de direito, depois de ter sido agraciado com o título de Cidadão Santamarense pela câmara de vereadores, tendo como proponente o vereador César do Pão. Mas esse título para mim é uma conseqüência de 4 anos de vivência e de entrega total a esta cidade. Eu vivo Santo Amaro! Vivo cada momento, cada casa, cada família, cada bairro, cada distrito dessa cidade, eu não estou aqui passando dias, eu realmente vivo aqui.
Sendo um padre jovem, o senhor tem uma linguagem que aproxima o jovem à igreja, fale-me um pouco desse trabalho com a juventude santamarense:

Olha, eu tive a graça aqui em Santo Amaro de fazer experiências em todas as paróquias. Vim como vigário do Rosário e da Purificação, depois me tornei pároco de Oliveira e vigário do Rosário, depois pároco do Rosário e tenho a graça de ajudar, sempre que posso, a nova paróquia que é a da Soledade, em Acupe. Tenho um bom domínio da cidade, estou presente em todo o município e conheço bem todas as paróquias, por isso digo que as celebrações que estou presidindo não são diferentes das que padre Fenelon celebrava, não mudo uma vírgula, porém, a própria igreja fez uma mudança natural, os cânticos principalmente e digo que as pessoas que vem hoje à igreja, elas não vem apenas por devoção ou obrigação, vem por prazer, elas vivem a comunidade e isso faz com que as celebrações sejam mais vivas. Agora, infelizmente, eu ainda não atingi os jovens dessa cidade, o que temos hoje na igreja é um número maior de famílias, de casais, de pessoas de meia idade, principalmente aqui no Rosário existe uma atração muito maior para as pessoas acima dos trinta anos, são pessoas que começam a ter mais maturidade na fé e entender o dinâmico de ser igreja que é um caminho que venho fazendo. Eu gostaria que os jovens estivessem mais presentes, às vezes as pessoas criticam dizendo que a igreja tem uma mentalidade antiga, dizem que as coisas são arcaícas... hoje a paróquia tem um padre de 35 anos, que vive a experiência de estar nas festas, de fazer Lavagem, de ter um fácil acesso e mesmo assim os jovens não vivem a responsabilidade de ser igreja, do seu batismo.
Perguntei ao padre Walter e também gostaria de ouvir a sua opinião sobre a escalada da igreja Universal e em contra ponto, o declínio da igreja Católica...

Se a fonte dessa pesquisa for séria e mostrar um potencial maior de crescimento para a igreja Universal, eu não me escandalizo com isso porque o que a igreja Católica hoje não consegue fazer é evangelizar os seus, temos um grande número de católicos que ainda não foram evangelizados. Se você olhar nos livros de batismo de todas as igrejas, a quantidade de crianças que são batizadas anualmente é um número muito grande, mas infelizmente no decorrer do crescimento dessas crianças, elas não são acompanhadas porque seus pais batizaram essas crianças mais pela tradição e não pelo compromisso com a igreja. Hoje em dia os adeptos das igrejas protestantes, ou evangélicos, crentes, eles mudam com muita facilidade de uma religião para a outra, mas não cabe a nós fazer qualquer tipo de análise a essa situação, mas quem nasce católico e que vive essa fé verdadeiramente, vai ser católico pro resto de sua vida. O que precisamos fazer não é se preocupar se estamos crescendo ou diminuindo, é fazer com que aqueles que são batizados na nossa igreja possam viver a sua fé até o fim de vida. Mas respondendo diretamente a pergunta, não acredito no declínio da igreja Católica e o povo de Deus sabe bem diferenciar o joio do trigo, por exemplo, aqui em Santo Amaro não acredito que a igreja esteja desacreditada, muito pelo contrário, a fala da igreja tem muita força na cidade, se não fosse assim, a fala de monsenhor Walter durante toda a festa de fevereiro não incomodaria tanta gente como incomodou e até fez com que a prefeitura pudesse repensar um pouco a própria essência da festa e assim é em tantas outras cidades.

Já houve em algum momento o sentimento de arrependimento pela opção de vida escolhida?

Primeiramente sacerdócio não é profissão, pra mim é um ministério, vai além profissão. Seja qual for as nossas escolhas, no decorrer da vida estamos sempre refletindo sobre elas porque é necessário. Será que estou fazendo isso bem? Será que estou sendo bom pai de família? Será que estou sendo um bom médico? Eu também tenho que fazer esta avaliação constantemente. Será que estou sendo um bom padre? Estou vivendo aquilo que realmente era o meu propósito e o propósito de Deus? Não é um arrependimento, mas sim uma reflexão que tem que ser feita todos os dias.



Pe.Rogério, o senhor é um padre jovem, bonito, muito carismático, bem afeiçoado. Já aconteceu de alguma fiel confundir o seu trabalho na igreja e se insinuar ou mesmo se declarar apaixonada pelo senhor?

As relações humanas passam pela afetividade. Não existe nenhuma relação que não seja afetiva, a não ser a moça do balcão da farmácia, do supermercado, mas mesmo essas quando eu vou benzer uma loja, sempre digo: olha, você pode melhorar o dia de uma pessoa apenas com um sorriso ou um bom dia; passe um pouco de afetividade também que com certeza essa pessoa vai retornar várias vezes... Na vida sacerdotal não é diferente. As pessoas chegam aqui muitas vezes carentes e essa carência não é uma carência sexual, mas é a carência de um sorriso, de um abraço, de uma escuta, nós somos seres do querer, do desejar, do amar, precisamos disso. Precisamos de um elogio, de abraços, de motivação e na igreja as pessoas encontram isso, ainda mais comigo; eu vivo muito essa afetividade, eu sou muito afetivo e depois com 1,96 metros de altura, não tem quem não seja bem abraçado por mim. Então, essa afetividade passa pela vida humana; comigo não vai ser diferente. Eu acredito que sou muito amado nessa cidade como sou muito amado pelos meus paroquianos; é amor mesmo! De vir, me abraçar, de querer estar comigo, crianças, mulheres, homens, idosos... Agora, se esse amor ultrapassa o amor entre padre e fiel, eu não tenho como controlar porque qualquer um tem a possibilidade de amar, mas o fato de alguém revelar ao padre Rogério que está me amando, não significa que eu deva corresponder esse amor do mesmo jeito que a pessoa deseja. A pessoa pode me dizer com a maior tranqüilidade que está apaixonada por mim, que me ama. Vou escutar, vou acolher e vou dizer: que bom, se o amor está lhe fazendo bem continue amando, mas isso não significa dizer que a partir do momento que uma pessoa revela seu amor por um padre isso tem que ser mudado, correspondido...


Câmara Municipal de Vereadores de Santo Amaro

ATOS DO LEGISLATIVO


CÂMARA HOMENAGEIA A MEMÓRIA DO DR. SEBASTIÃO DIAS.

Consternados com o falecimento do Ex-Vice Prefeito, Ex-Vereador, Ex-Secretário de Saúde e Provedor da Santa Casa de Misericórdia do Distrito de Oliveira dos Campinhos, Dr. Sebastião Dias, os Vereadores reabriram os trabalhos legislativos desse ano realizando Sessão Especial em memória do ilustre santamarense que partiu inesperadamente, deixando um imenso vazio no seio da nossa sociedade.

Dr. Sebastião, pai do Ex-Vereador, Maurício Dias, foi um paradigma para a nova geração política da nossa cidade. Homem sério, competente, humanitário e atuante, Dr. Sebastião teve participação ativa nas últimas eleições, contribuindo de forma contundente para a vitória do Deputado Federal, Antonio Brito, expressivamente votado no Distrito de Oliveira e na Sede de Santo Amaro.

A Sessão contou com a presença de segmentos da comunidade, representação do Poder Executivo e do Ex-Vereador, Napoleão Ferreira, amigo particular do saudoso Dr. Sebastião.

A solenidade foi encerrada com a apresentação de uma Moção de pesar, de autoria do Vereador Valmir Figueiredo, cujo discurso enalteceu a história e a memória do Ex-Vice-Prefeito de Santo Amaro.


PREFEITO RICARDO MACHADO FALOU PARA O POVO NA CÂMARA MUNICIPAL.

No último dia 21 de fevereiro, o Prefeito Ricardo Machado ocupou a Tribuna da Câmara, para trazer sua mensagem de governo para o exercício administrativo de 2011. Contagiado pela saudação do Vereador Jair Oliveira, que listou as grandes obras da atual gestão, frisando inclusive, a valiosa parceria da bancada dos Vereadores governistas; o Prefeito fez um empolgante discurso de improviso, contestou as denuncias dos seus adversários e anunciou grandes investimentos no Município, sobretudo, no que se refere a infra-estrutura.

Entre as obras anunciadas destacam-se a reforma do CENEC de Acupe e o Mercado Municipal, além da conclusão da reforma do Estádio Municipal ACM.

Encerrando a Sessão, o Presidente da Câmara parabenizou o Prefeito Municipal e agradeceu mais uma vez a ilustre presença do Chefe do Poder Executivo no Plenário do Poder legislativo, reafirmando o compromisso de parceria para trazer o desenvolvimento a Santo Amaro.


CÂMARA VOTARÁ AS CONTAS DE JOÃO MELO APÓS O CARNAVAL.

Está decido. O Presidente da Comissão de Justiça, Finanças e Redação da Câmara, Vereador Jair Oliveira, garante que após o carnaval o Parecer do TCM que opina pela rejeição das Contas do Ex-Prefeito João Melo entrará na pauta de deliberação como matéria prioritária.

O Vereador Jair, que vem dirigindo os trabalhos da Comissão cumprindo rigorosamente a Resolução que disciplina o processo de julgamento das referidas contas, renovou o prazo das alegações finais do ex-gestor para assegurar o contraditório e ampla defesa conforme preceitua a Constituição Federal.

O Presidente da Câmara aguarda o Parecer Final da Comissão de Finanças para publicação dos atos de processo, haja vista, a necessidade quanto ao cumprimento do prazo legal para apreciação do Parecer do Tribunal de Contas dos Municípios.


 
JUIZ ALBERTO SALLES SERÁ HOMENAGEADO NA CÂMARA MUNICIPAL.

Em reconhecimento ao valoroso trabalho que vem desenvolvendo na Comarca de Santo Amaro, o ilustre Juiz, Dr. Alberto Sales, deverá receber o Titulo de Cidadão Santamarense em Sessão Solene no Poder Legislativo.

Completamente integrado na sociedade santamarense, magistrado competente, honesto e de simplicidade invejável, Dr. Alberto Sales é um humanista dos novos tempos, um exemplo de Cidadão e uma figura cujo comportamento retrata bem a postura dos grandes santamarenses.

Para o Presidente da Câmara, Vereador Artur Suzart, a concessão do Titulo de Cidadão a Dr. Alberto, mas que uma homenagem é um dever, o dever do reconhecimento e da gratidão por tudo que faz pelo nosso povo, sobretudo os mais carentes.

Logo após o carnaval, a Mesa Diretora marcará a Sessão que deverá contar com a presença das diversas autoridades do Poder Judiciário e do Governo do Estado, sem dúvida será uma grande festa em Santo Amaro.

SINDICELPA

Hoje, o Sindicelpa enfrenta duas lutas em defesa dos seus associados ou não, mas, dos trabalhadores santamarenses. O Sindicato está em plena negociação com os patrões da Penha Papeis (Pitinga) e da Penha Embalagens (Subaé), por melhores condições de trabalho e garantia do emprego. Na Penha Papeis, o regime de trabalho é por turno (quatro turmas) de 8 horas cada: 8/16 - 16/0 - 0/8. A reivindicação é que as turmas sejam aumentadas para cinco, com o mesmo contingente de empregados (aproximadamente 70), afim de proporcionar melhores condições de trabalho e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. O processo de negociação está estabelecido e espera-se que os patrões da Penha Papeis se sensibilizem com as necessidades dos seus empregados e amplie para cinco o número de turmas, no mesmo regime, mesmo porque os trabalhadores já foram contratados para formar essa quinta turma.

Já a Penha Embalagens, adota um regime de trabalho diferente: TURNO FIXO. Aí é que a coisa está pegando. O empregado escalado para o turno da 6/14, trabalha todos os dias do ano, chova ou faça sol, nesse horário, o mesmo acontecendo nos demais turnos, 14/22 - 22/6. Quem pega o turno das 22/6 é o mais sacrificado, todas as noites do ano está à disposição do patrão, e entendemos que isso não seja nenhuma demonstração de sensibilidade, ao contrário, de insensibilidade para as necessidades individuais dos trabalhadores. O Sindicelpa concluiu em 24/02 mais uma rodada de Assembléias quando colocou em votação a 4ª proposta da empresa para fechamento do acordo que consistiu em um reajuste de 8% descontados os 5,49% de antecipação, e um vale refeição de R$95,00, rejeitado pelo Sindicato, que entende que com esse valor o trabalhador não comprará uma cêsta básica. As propostas foram recusadas em assembléias com mais de 85% dos trabalhadores votantes.

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS

O homem do campo é o mais desassistido pelos governos, daí a necessidade de uma entidade voltada para suprir as deficiências normalmente provocadas pelo distanciamento dos centros urbanos, como educação, saúde, transporte, moradia, dentre outras, e uma relação trabalhista digna e justa. O Sindicato Rural de Santo Amaro tem como objetivo principal, assegurar uma relação de trabalho do homem com os proprietários de terras dentro dos limites estabelecidos pelas normas que regem o trabalho no campo e oferecer ao trabalhador rural o suporte para dirimir suas dúvidas, resolver os seus conflitos e problemas e lhe assegurar o cumprimento daquilo que lhe é devido por uma jornada de trabalho.

O Sindicato Rural entende que a diminuição do fosso social entre os trabalhadores rurais e urbanos é uma necessidade, pois, é ele responsável, também, pela geração da riqueza nacional e garante o suprimento dos produtos indispensáveis para a sobrevivência do homem, além de contribuir nas exportações que geram bons lucros para o empresariado nacional, com o seu trabalho e esforço muitas vezes em condições adversas, salubre, insalubre, etc. , e na contra partida uma remuneração pequena. A nossa luta pela diminuição das desigualdades passa pelo reconhecimento dos patrões para a importância de uma remuneração que contemple as necessidades reais dos trabalhadores do campo.

Todas as conquistas sociais, praticadas nos dias atuais foram fruto de lutas de anos e ainda são insuficientes para representarem de forma ideal os mais elementares direitos devido ao trabalhador do campo.Por isso, é necessário que a luta continue, e que o trabalhador rural se conscientize de que é através da organização e da sindicalização é que outras conquistas virão para o fortalecimento da classe.

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO - BAHIA

O Sindiser recebeu o Troféu Empresarial /2010 como melhor sindicato. Esse prêmio é extensivo a todos os sindicatos da cidade pelo trabalho que cada um desenvolve por suas categorias. Esse prêmio é o reconhecimento do funcio-nalismo municipal e da população ao trabalho sério e comprometido com a transformação da vida do servidor público. Em 2010 o Sindiser completou 20 anos de fundado, porém, permaneceu sem atividade por uma década, reaberto em 2007. Para a sua Diretoria os dois maiores desafios foram: levar conhecimento da Leis que regem o funcionalismo municipal e garantir o cumprimento dos direitos adquiridos.O Sindiser está restaurando a dignidade do funcionalismo municipal dando – lhe as ferramentas para lutar. Com a consolidação do Sindiser os funcionários sabem que não estão sozinhos, sabem a quem procurar , sabem aonde encontrar as orientações, pois, sabem que o Sindiser busca soluções.

Resgatar a auto-estima dos funcionários foi uma grande missão. Restituir a esperança e o otimismo foi a nossa bandeira, uma vez que precisávamos acender a chama da perseverança.

Com este pensamento fixo de lutar e obtivemos várias vitórias que verdadeiramente melhoraram a vida do funcionalismo municipal. Em outro momento certamente teremos a oportunidade de apresentá-las. Mas, receber o prêmio de melhor sindicato já nos dá a credencial do reconhecimento da população ao nosso trabalho.
 
Fundado em 27 de setembro de 1990

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A conduta do usuário diante da lei de drogas



O tema abordado nessa edição diz respeito ao debate trazido com às alterações no Direito Penal, introduzidas pela Lei 11.343/06. A famosa Lei de Tóxicos, fez surgir no arcabouço jurídico brasileiro algumas celeumas que, até então, estão longe de serem dirimidas. Talvez a mais recorrente, sem embargo de não ser a mais importante, seja a mudança em relação ao tratamento dado à pessoa que possui, para consumo próprio, substância entorpecente, sem autorização ou em desacordo com a lei.

A pertinência da questão gira em torno da suposta descriminalização da conduta efetivada pelo art. 28 da citada lei. É sabido que grande parte da população tem dificuldades em precisar a mens legis. Por conta disso, referindo-se ao assunto em foco, é comum ouvir nas ruas coisas como: “Não já sabe? Agora fumar maconha não é mais crime”. Uma analise mais aprofundada do tema, porém, nos permite afirmar que não é tão fácil identificar que há no espírito da Lei de Toxicos a intenção de descriminalizar a conduta do usuário.

Ao passo que a antiga lei previa a cominação de pena privativa de liberdade para os possuidores de drogas para consumo próprio, a norma em questão prevê para o tipo as penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida de comparecimento a programas ou cursos educativos, deixando de lado qualquer possibilidade de prisão do infrator. O fato de não impor mais, para os infratores dessa categoria, o encarceramento, nos dá a impressão de que crime não há.

É imprescindível, no entanto, para chegarmos a uma conclusão, que nos remetamos para o conceito de crime. O art. 1º da Lei de Introdução Código Penal (LICP) conceitua "crime" como a infração penal punida com pena de reclusão ou detenção, de modo isolado, alternativo ou cumulativo, com multa. O mesmo artigo ainda estabelece ser contravenção (o conhecido "crime-anão", nas palavras de Nelson Hungria) a infração a que a lei comina prisão simples, ou multa, ou ambas.

Parece merecedor, então, dizer, de acordo com a análise do conceito de crime, que a conduta do art. 28 não pode ser considerada crime. Entretanto, há de se refutar tal posicionamento. A LICP não é uma lei acima do restante do ordenamento jurídico e quando existe conflito entre leis de uma mesma escala hierárquica (no caso duas leis ordinárias), resolve-se o caso pela aplicação de um princípio clássico do Direito Penal: “lex specialis derogat lex generali”(a lei especial derroga a lei geral).

Sabe-se que a LICP é lei geral e estando em confronto com a Lei de Drogas, sendo esta lei especial, haja vista que regulamenta matéria específica, resta derrogada pela simples aplicação do princípio acima exposto.

Ademais, embora concordemos que o tratamento dado ao usuário de drogas pela nova lei, aparentemente legítima a prática da conduta, não há que se desconsiderar que, assim como qualquer outro conceito jurídico, o conceito de punição penal deve evoluir com a sociedade. A pena privativa de liberdade ou a multa não podem ser consideradas as únicas sanções criminais. O crime não deve ser conceituado pela cominação penal ao qual está submetido, mas sim pela vontade do Estado em considerar tal conduta como criminosa.

Por essa razão deve-se considerar que a conduta do usuário continua sendo um tipo penal, uma vez que A própria Lei de Drogas, considerada para tanto a vontade do Estado, a coloca no Capitulo III que recebe o título Dos Crimes e Das Penas. Além disso, a própria Suprema Corte deixou claro que o surgimento do art. 28 de Lei 11.343/2006, não implicou abolitio criminis do delito de posse de drogas para consumo pessoal.

Parte da doutrina, liderada pelo festejado Luis Flávio Gomes, entende que o dispositivo em comento, alterou a estrutura bipartida da Teoria do Crime, criando a chamada infração sui generis que passa a figurar junto com o crime propriamente dito e a contravenção penal como espécie do gênero infração penal.

Com a devida vênia, entendo que não merece guarida tal argumentação. Por primeiro, a regra geral é a de se considerar como crime qualquer tipo de infração penal, estando as contravenções penais delimitadas em lei especial e não existindo qualquer lei que abrigue a suposta infração suis generis como compartimento estanque na estrutura do crime. Por segundo, as sanções previstas no art. 28 da Lei de Drogas, devem, necessariamente ser aplicadas por juiz criminal, sem falar na obrigatoriedade de observância do devido processo legal.

À guisa de conclusão, mister se faz esclarecer que o legislador ao editar a Lei 11.343/2006 tentou proteger o usuário de droga, estabelecendo medidas alternativas no preceito secundário do art. 28, o que deixou patente a sua intenção de dar, ao portador de substância alcalóide, tratamento diferenciado com relação a outros tipos de criminosos. Essa iniciativa visa a uma reintegração social mais célere para esse tipo de infrator.

É de salientar, entretanto, que não houve abolitio criminis, tampouco a criação de uma nova modalidade de infração penal. Há, sim, na conduta do usuário, um crime que elege uma sanção alternativa como forma de reprimenda.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Betinho d`Saubara

JORNAL “O TROMBONE” 10 ANOS

Dia 03/02/2011(quando a Igreja católica presta louvores a São Brás), às 10 horas, na Igreja de Nª Srª do Rosário (Santo Amaro), redatores, leitores e amigos do fundador e redator-chefe desse periódico, se reuniram numa forma de louvar e agradecer a Deus pela passagem natalícia de 10 anos de existência do Jornal “O Trombone” (fundado dia 02/02/2001). A abertura da cerimônia religiosa constou da entrada triunfal de quatro músicos (trombones), tocando a música “Parabéns prá você”. Em seguida, houve a entrada de Aloísio Lago acompanhado Pe. Rogério Marcos da Silva e pelo Diácono Augusto Doréa. No decorrer da homília, o Pe. Rogério enfatizou: “Durante l0 anos o jornal “Trombone” busca anunciar a verdade dos fatos, a verdade da realidade”. “A verdade é a felicidade de um ser. Deus é fiel, isto é uma magna verdade”. “O exemplo primordial da verdade é Deus. A verdade é sempre dura, amarga”. “O povo gosta da mentira”. “O que é de Deus permanece, logo o jornal pode ter a inspiração divina”. “O jornal “O Trombone” tem sido um caminho de clareza, e tem ajudado o povo santoamarense a sua realidade”. “Dia de festa e de alegria para dar glória a Deus por existir em Santo Amaro um veiculo de comunicação”. Os dez anos de vida do Jornal “O Trombone” foi comemorado com muita pompa: Missa, fogos, apresentação de cultura popular (Grupo de Capoeira ACABO) e músicas nas belíssimas vozes dos  cantores: Aloísio Ventura “Loy” e Tereza Oliveira, acompanhados pelos músicos: Paizinho (sax), Luiz “Fera” (violão), Reinaldo Santos Silva e Nicodemos Figuerêdo de Souza (violinos) e Eder Oliveira (teclados). O efeito festivo esteve prestigiado pelos  colunistas: Mabel Veloso, Ninho Nascimento, Zorildo Pacheco “Zopa”, Lázaro “Forminguinha”, Anthenorzinho, Paulo Reis, Lifeson Padilha “Lafinho”, Sidney, Ediney Santana, Itagildo Mesquita, Ataíde Cunha Pessoa, Marco Valladares, Normélia Almeida Benevides),  pelos vereadores: Luciano Caldas, Raimundo “Saborosa” e Walmir Figuerêdo, e  leitores: Dinho do Sebo, Chico de Ernesto, Therezinha e Luiz Alberto Lago, Geraldo Salles, Mendão Nascimento, Antônio Guedes de Souza,  Rosângela do Nascimento Teixeira,  Iracema Silva Santos, Andreza Benevides, Alfeu Moreira Alves, Maria Mutti, Raymundo Isidoro Souza “Raiso”, Tobias Portugal, Hélio Vermelho, Shanti Nitya Marengo, Mário Pereira de Brito “Marotinho”, Manoel Juliano de Vasconcelos “Manoelzinho”, Maria de Lourdes Padilha, Célia Victória, Lívia Maria e Geraldo Baraúna. A colaboradora Iracema Oliveira Lins do Sacramento esteve representada pelo seu esposo Roberto.  Os convidados foram recepcionados por Aloísio Lago e família (Ana Claúdia - esposa, Athur e Eduardo – filhos), que serviram um apetitoso caruru. Desta vez, o anfitrião da festa não serviu o tradicional e delicioso caldo de sururu/mapé.

Marco Valladares

Em busca do que aplaca o que a placa representa

Ninguém que honra o seu trabalho deve buscar glória no cumprimento do dever. Da mesma forma, é obrigação de quem informa, ser fiel à verdade. Assim, unindo humildade e responsabilidade, inevitavelmente, irá se chegar ao que conhecemos por credibilidade.

E é a credibilidade o alicerce que garante o crescimento e a continuidade de pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, no exercício dos seus trabalhos. Sem ela, pode-se até alcançar patamares elevados de notoriedade, mas, com certeza, esses ganhos serão efêmeros, pois a soberba e a mentira sempre serão aliadas do fracasso.

Quando levamos em consideração um universo social onde, apesar dos afastamentos gerados pelas labutas diárias, pelo crescimento populacional e pelo desinteresse de muitos pelos problemas coletivos, ainda existe um contato íntimo entre os habitantes, fazendo com que os mal feitos se revelem com mais facilidade, aí, então, a credibilidade realmente necessita fundamentar-se na humildade e na verdade.

Peço desculpas aos queridos leitores por ter copiado esses três parágrafos do texto por mim escrito na edição passada, ao parabenizar 'O Trombone' por seus dez anos de existência. Infelizmente eles cabem bem no assunto que tratarei adiante, que, posso garantir, não será tão elogioso.

Vamos aos fatos: O primeiro deles é que a Lei exige impessoalidade no trato com a coisa pública, o que determina que todo gestor, em qualquer nível governamental, evite toda e qualquer coisa que possa parecer autopromoção ou visão pessoal, uma vez que representa uma população, e não a si mesmo. O segundo, é que todo patrimônio público tem garantidas as suas preservação e conservação pelos poderes públicos, com destaque para o Executivo.

Aí entra a malfadada placa de “Inauguração” da Praça da Purificação. Como se pode inaugurar o já existente há tantos anos? Na dúvida, recorri ao Mestre Aurélio Buarque de Holanda, que me indicou ser, Inaugurar: “(Do latim inaugurare.) Verbo transitivo direto. 1. Expor pela primeira vez à vista ou ao uso do público; 2. Introduzir o uso de; estabelecer pela primeira vez; começar, principiar, encetar; 3. Iniciar o funcionamento de; 4. Consagrar, dedicar; 5. Começar, principiar, encetar-se, iniciar-se”. Estava, então, confirmado o primeiro dos desastres cometidos com a colocação daquele retângulo de metal absurdamente mal aproveitado.

O segundo desastre estava exposto, desavergonhadamente, ao final da infeliz placa. Um texto inconsistente, mal escrito, sem 'pé nem cabeça', incompreensível em todos os âmbitos gramaticais, e inadmissível sob o ponto de vista legal. Nele o excelentíssimo alcaide municipal deixa (ao que pude entender, já que não dá para se afirmar nada de concreto de tão surreal mal escrito) transparecer o seu profundo orgulho por ter cumprido o seu dever, elogiando o seu feito como um “marco” para o futuro e chamando de medíocres os que criticam o seu trabalho de “homem de bem”. Uma questão pessoal abertamente inserida em um bem público.

O terceiro desastre está, para sorte desta placa já tão maltratada, fora dela, mas que a sua presença faz notar: Onde estão todas as outras placas que existiam na Praça da Purificação? Porque não foram recolocadas ao final da obra? Será que não representavam em nada o povo santamarense? Não tinham valor histórico e/ou cultural? Não eram marcos de realizações de outrora? São todas (ou eram?) bem públicos, cujas retiradas não poderiam ser feitas arbitrariamente. Espero, sinceramente, que ainda existam e que retornem aos seus locais originais.

Presumo que todos tenham percebido que em nenhum momento critiquei a reforma feita na histórica Praça da Purificação, pois, com algumas ressalvas (que, inevitavelmente sempre haverão, dado à imperfeição humana), gostei, especialmente da elevação e do novo contorno dos canteiros, dando mais conforto a todos. A minha queixa se restringe ao conteúdo da placa de “Inauguração” e à retirada das demais.

Se com isso deixarei de ser um “homem de bem” e passarei a engrossar a fileira dos “medíocres”, nada poderei fazer. Sou professor. E, como tal, em respeito à profissão e ao povo de Santo Amaro, corro esse risco prazerosamente. Até por que, é melhor ser medíocre sendo verdadeiro que estar abaixo da média!

Por isso mesmo, peço licença para ser, mais uma vez, repetitivo: Ninguém que honra o seu trabalho deve buscar glória no cumprimento do dever. Da mesma forma, é obrigação de quem informa, ser fiel à verdade. Assim, unindo humildade e responsabilidade, inevitavelmente, irá se chegar ao que conhecemos por credibilidade.

Professor

Marco Valladares

Maluco por Santo Amaro

Espaço Democrático

“O HOMEM DO VERMELHO E BRANCO!”

Sofrimentos foram tantos
E por um preço injusto, caro!
Que entre choros e prantos...
Sofria o povo em Santo Amaro.
Mas tudo isso já passou
Pois agora, aqui chegou
O homem do vermelho e branco!
Esse jovem empreendedor...
E prefeito de grande valor.
Os seus antecessores na verdade
Juntos não fizeram por esta cidade
Tanto quanto e quanto...
O homem do vermelho e branco!
Esse ilustre jovem de fé...
Está fazendo como bom prefeito que é.

José Serra de Queiroz


SALÁRIO MÍNIMO

Senhor presidente estou alegre
Do brasil eu canto o hino aplausos para nossa nação
Morrer de fome é o nosso destino estou deveras
boquiaberto com o aumento do sálario minímo
Não sei o que vou fazer com tanto dinheiro
Estou pensando como vou gastar
Não sei se compro uma mansão
Ou uma fazenda para gado criar
Ou se mando para o banco na suiça pra poder multiplicar
Vamos festejar brasileiros
E dar um viva ao nosso presidente.
Primeiro de maio inesquecível
Devemos estar contentes
Por este grande aumento
Que nos foi dado de presente
Em escolas particulares vou colocar meus filhos
em carros importados os motoristas vão levar
Filho de deputados vão ter inveja
Quando meus filhos por eles vierem a passar
Até casa na ilha de itaparica
Vou comprar para veranear
Se me sobrar alguns trocados
Um jatinho eu vou comprar
Para todos os fins de semana
Com a família passear
Vou dar festas em minha mansão
E “roberto carlos”vou convidar para cantar

Viva o brasil! Viva o presidente!
Viva este monte de dinheiro
Viva o salário minímo
Acabou-se o desespero
O que me dá mais orgulho é ter nascido brasileiro.

Washington Dias Cardoso
 

Meus amigos, estamos lhes convidando para um passeio pela periferia da cida-de, para constatarem o seguinte: tem lixo espalhado pelo 2 de Julho, pelo Ca-lolé, pela Candolândia, e pela Praça da Purificação? Não! Beleza pura, limpi-nha para os medíocres passearem. Por falar nela, quando o Apolo vai estreiar o CORÊTO?
 
Lázaro Santana


08 DE FEVEREIRO DE 2011

Acreditem, falar é muito fácil, principalmente diante de tantas injustiças sociais. Transformar as palavras em ponto de reflexão para as pessoas, aí, a coisa muda de figura. A grande preocupação nossa, aqui no Sítio, é o grande número de casas desabitadas. Vejam bem e me corrijam se eu estiver errada, para isso, vou avivar a memória de cada um de vocês.

Há alguns anos, foram vendidos nessa região (Vila Nova, Santa Catarina I e II), alguns terrenos por um valor irizório, R$ 30,00, a pessoas que realmente necessitavam de moradia. Agora, eu quero saber: primeiro, quem são os verdadeiros donos desses terrenos? Por quê passaram a construir as casas e não passaram nela a morar, se na época da venda tinha um prazo de 90 dias para construção e habitação? Segundo, se esses terrenos eram destinados à população que realmente necessitava, o por quê desse despovoamento? Por quê parceiros assentados pelo INCRA não tiveram acesso à esses terrenos enquanto outros possuem 2, 3 e até 4 lotes? Chegou o momento exato de recebermos uma explicação, mas, aí surge um outro problema: explicação de quem? De onde? Esse fato precisa ser revisto. Será que isso é injustiça? Será exclusão? Deixo para vocês leitores tirarem suas próprias conclusões, o fato objetivo é que estamos sempre a mercê de autoridades políticas pouco preocupadas com a vida dos munícipes. Precisamos nos unir para o nosso fortalecimento.

 
POVO SEM MEMÓRIA

Outro dia, deslocando-me do Sítio Camaçari para Santo Amaro, deparei-me em plena praça do Rosário com um cenário digno dos deuses.

Parei, respirei fundo, contei até dez, belisquei-me para sentir se eram reais as cenas que aconteciam diante de mim. Quadros e mais quadros! Estava em uma pinacoteca? Em uma exposição ao ar livre? Olhei em volta e constatei a multidão andando de um para o outro lado com em qualquer cidade. Eufórica procurei saber quem era o artista das belíssimas artes em exposição e ele estava diante de mim. Alex, um senhor de meia idade, claro e olhos reluzantes. Num diálogo rápido descobri o verdadeiro motivo da sua presença, alí. Lembrei-me também de um velho amigo: Raimundo D´Araújo, artista plástico, na minha opinião o melhor do Recôncavo Baiano, atualmente residindo no Acupe onde tem o seu atelier onde expõe suas artes. Os verdadeiros artistas vivem no esqucimento e sem ajuda do poder público.

 
RETROSPECTIVAS

Nesse Fevereiro fez uma ano que a rodovia BA Santo Amaro?Cachoeira foi interditada por várias horas pelos moradores do Sítio Camaçari que pedi-am água potável (prometida). Aos gritos os bravos companheiros reinvi-dicavam o pecioso líquido para cozinhar, para bener, para banho e outras necessidades. Até agora a água não chegou para nós, em nossas casas. Qual o motivo? Estamos esperando que as autoridades responsáveis se pronun-ciem, que nos dê uma explicação.

Benevides
 
 
O ABCDÁRIO DO PREFEITO

Enquanto nos for possível transcreve-remos (sic) mensagens enviadas pelo alcaide santamarense para os seus colaboradores e amigos. Vejamos a primeira:

Hoje (01/02) terça-feira. As 21h Não perca!!! Grande Tourada, diretamente de Madrid, para praça da purificação, verdadeiramente a maior tourada do Brasil. com os toureiros irmãos Power, Venha assistir esse grande espetáculo. Abc. Ricardo Machado.



Meu caro Aloisio,


Parabéns pelos 10 anos do Jornal O TROMBONE, continue com a VERDADE, só ela incomoda aos tiranos e falsos amigos.

Grata pelas palavras elogiosas ao meu trabalho a frente do NICSA. Me aposento com a consicência tranquila da missâo (a mim delegada por Dr. José Silveira) cumprida, Sei que contribuí com a Educação e Cultura de minha terra, tenho auto-estima (graças a Deus e a boa educação que minha mãe de deu).

Deixo dois patrimônios arquitetônicos restaurados com um Memorial e uma Biblioteca funcionando. Dei minha contribuição a Santo Amaro, poucos são os que podem dizer isso.

Grata pela atenção

Maria Mutti
 
 
 
Mande a sua mensagem para publi-cação nesse novo espaço. Identifi-que-se para verificarmos a sua autenticidade .

aloisiolago@ig.com.br



Ao Trombone


Gostaria de ver denunciada a atitude mesquinha, autoritária e de culto a personalidade, do Prefeito Ricardo. É o seguinte: todos os marcos dos ex-prefeitos como responsáveis por inauguração, reforma ou similares, estão sendo de forma acintosa retirados dos prédios públicos quando por mais incrível que pareça até por uma simples pintura que faça no imóvel. O exemplo mais recente, e o que me diz respeito, por ser morador do Sacramento, aconteceu no colégio Padre Loureiro, onde o pequenininho ditador mandou arrancar a placa alusiva à sua inauguração no governo Manoel Marques. Peço registrar esse fato para mostrar a pequenez do prefeito Ricardo Machado. Esse não é um fato isolado, é uma sequência.

O XERIFE DO SACRAMENTO
 
 
CADÊ AS AMBULÂNCIAS


Estamos vivendo um momento crítico e caótico no setor de saúde. Virou rotina buscarmos ajuda no município vizinho de São Francisco do Conde. Falta ambulância para transportar pacientes em estado delicado para Salvador, como ocorreu no sábado dia 12 quando um cidadão se esvaia em sangue no Octávio Pedreira e a solução foi recorrer ao vizinho para pedir socorro. É preciso criar e manter a vergonha. Assim é demais, é humilhante.


FEIRA LIVRE

Triste, suja, vergonhosa, imunda, sem higiene, vende-se de tudo no chão podre e um dia quem sabe, vão vender carne de cachorro e de rato e a prefeitura não toma providências. Cadê o nosso dinheiro? Está sumindo ou já sumiu?

Claudete Lima

Matéria O Trombone

EXEMPLO DE CIVILDADE

Manoel Juliano de Vasconcelos, (Manezinho) ex-prefeito do município, deu um exemplo de convivência har-moniosa com os contrários, compare-cendo  às sole-nidades religi-osas, de come-moração dos 10 anos desse jornal, aten-dendo  convite do seu redator chefe Aloisio Lago, que considerou o fato extraordinário para a democracia. O Jornal O Trombone ao longo dos seus 10 anos, em ocasiões diferentes, fez críticas ao desempenho do ex-prefeito, sem que   fosse dirigida  censura ao homem, brilhante que é, edu-cado e leal aos seus amigos. A presença de Manezinho, foi o mais importante dos fatos políticos, registrados nessa era, e na vida desse Jornal.

QUE CIDADE É ESSA, GENTE!

Domingo, 27 de feverereiro, um fato extraordinário e que só acontece aqui, por falta de otoridade  e por termos um perfeito que não entende a necessidade de por orde na casa. Interditaram a rua Direita pela manhã, bem cedinho, para usá-la como canteiro de obra, para fazer concreto, para bater laje. Literalmente, usaram toda a rua para virar e mexer a massa. Para a sua interdição , usaram caibros de madeira, pedaços de pau, caixa de papelão e outros equipa-mentos. Ninguém podia passar pelo trecho, de carro, porque a via estava tomada. A construção fica em frente a antiga Agrocampo e essa artéria, hoje, está uma imundice, poeira por todos os lados. É assim que Santo Amaro está caminhando, vejam a rua  Ferreira Ban-deira! O prefeitura fez recalçamento e a porcaria está lá, incomodando somente a duas pessoas, Deus e o mundo.

Jairo Gomes Cordeiro


Muitos de nós ficamos e estamos desnorteados com a viagem abrupta dele.Estamos à deriva, não é verdade?

Ele era uma sentinela, um arauto, uma bússola, um timoneiro, um comandante, um farol, um guia, um mese, um professor um mediador, um conciliador, um facilitador, um escudeiro... Ele era prazeroso, estimulunte, refinado...

Sua necessidade de se doar era marcante, constante e ascendente. Dava-se a todos, a qualquer hora e lugar.

Ele sempre fez muitos de nós nos regenerarmos e reencontrarmos para com as doenças, essas artimanhas diárias, muitas vezes vencendo-as.

Ele sempre nos fez mergulhar no infinito dos nossos íntimos para tentarmos compreender melhor as nossas próprias necessidades, desejos, perdas, frente, ângulos, círculos.. devido às nossas doenças.

Ele sempre nos fez recarregar as nossas baterias e nos encorajávamos para ir em frente, sempre ir em frente pelejando, obtendo resultado ou não.

Ele sempre nos fazia reavaliar as nossas idéias sobrecarregando de novas realidades para lutar contra as intempéries que emergiram antes e depois de cada doença.

Ele sempre estava acordado para assegurar o menor sofrimento aos pacientes com suas palavas, atos, ações...

Ele era uma referência que marcou varias gerações e marcará.

Ele nos dava um élan para combater as dificuldades que as doenças nos proporcionavam e aos nossos doentes.

Ele com suas conversas médicas, que geravam em nós, forças para no mover com mais confiança sobre essas ou aquelas doenças.

Quando os gargalos médicos declinavam, procurávamos as palavras do Dr. Sebastião que nos encorajávamos para ir guerrear.

Tomara que, quando as nossas necessidades médicas de urgência declinarem, outros médicos se motivem nos exemplos que foram incontáveis para nos abrandar com os ensinamentos que ele nos legou durante várias décadas.

Devido ao acumulo dos anos, sua determinação, sua tenacidade, seu campo de ação, sua energização, sua obstinação.., já não eram os mesmos, mas, todavia, ele se empenhava profundamente para dar o melhor possível para amenizar o processo de cada doença e os doentes.Tentava resolver as questões e os processos a que chegavam todos os dias para ele elucidar duma maneira fraternal, amigável, humana, solidária....

Ele nos confortava fazendo-nos repensar e aprender com as questões que avolumavam-se dia a dia.

Acho que sempre ele desacelerava-se, isolava-se, meditava, sublimava.., para que fluidos frutíferos recarregassem o seu interior para doar-se por inteiro a cada manhã a quem o procurava, não é verdade?

Tiãozito viajou, almejo que não demore de voltar, mas quando voltar que venha com outras energias mais macro conseqüentes, constantes e benfazejas.

Valeu Tiãzito não demore, boa viagem, bom retorno lá e cá.

Coluna Notas & Anedotas Por: Paulo Reis


E...! AGORA?!!!

Do grande mestre da arquitetura moderna, Le Corbusier, extraí o seguinte pensamento: “as concepções arquitetônicas primarão por atender as necessidades de todos os cidadãos e cidadãs.” Já outro mestre, Oscar Niemeyer, defende que “deveria haver mais praças e parques públicos para diversão gratuita e socialização das pessoas “. Diante dos dois pensar, um racional e o outto, expansivo, cabe uma reflexão quanto a funcionalidade e extensão das intervenções “inseridas no nosso contexto urbano”.

Antes de tecer breve comentário - sem desmerecer o investimento - acerca do tema Praça da Purificação, que por certo muito ainda renderá, seja pela sua “nova” roupagem; seja pelas ´´lapidadas`` inscrições; seja pela retirada de outras; seja pela “inauguração´´; seja pela ”omissão” do seu custo; seja pelo seu grau de prioridade; seja pelo “tombamento; seja pela falta de arremaes, enfim, motivos - pertinentes - não faltarão nas rodas, “nos senados” , nos “botecos”, nos folhetos anônimos e por aí vai, voltarei “os olhares”, rapidamente, para o passado, no ponto inicial, “tido como precursor das praças”. Refiro - me a Ágora Grega, que, segundo estudiosos, era um “espaço aberto, normalmente delimitado por um mercado, no qual se praticava a democracia direta, visto ser este o local para discussão e debate entre os cidadãos “. Revirando um pouco mais os “baús”, lá encontrei alguns artigos versando sobre praças públicas e, em um deles retirei os seguintes pontos: “a praça pode ser definida, de maneira ampla, como qualquer espaço público urbano, livre de edificações, que propicie convivência e/ou recreação para os seus usuários “; “é um espaço de reunião construído para e pela sociedade, imbuida de significados (...)``; “a praça potencializa a noção de identidade urbana que, dificilmente, o lazer na esfera da vida privada poderia proporcionar.” Além dos considerandos, a praça exerce as seguintes importâncias: “a vegetação atua de forma direta no conforto ambiental”; “influencia positivamente no psicológico da população, proporcionada pelo contato com a área verde e ou/ pelo uso do espaço para o convívio social”.

O encerramento do texto consultado destaca que: “conhecer a importância, os usos e funções destas áreas é essencial para valorização e preservação das praças públicas, especialmente numa época em que a preocupação global volta-se para o meio ambiente, a sustentabilidade e a qualidade de vida da população.”

Ao longo do tempo a “nossa” Praça da Purificação, “espaço de maior visibilidade”, passou por algumas transformações, “umas, cefálicas, outras, nem tanto”. Gostos a parte, uma coisa é certa, passados 40 anos, ``continuamos´´rasgando todos os instrumentos legais, voltados ao Planejamento Urbano (Código deObras, PDDU, LOM e Estatuto da Cidade) e ai, longe de ser visto como um “desmancha prazeres”, ou algo que o valha, lanço - abertamente - as seguintes perguntas a título de colaboração e reflexão de todos os atores envolvidos realmente com a Urbe: A nova “reforma” - ``com status de inauguração - foi executada de fato - para e pela sociedade? Afinal, para que servem - de fato e de direito - todas essas leis?

CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE


Com esta nomenclatura, foi sancionada, em 06 de dezembro de 2010, a Lei Municipal N° 1852. O “novo” marco regulatório é composto de 219 artigos e, devido a sua importância, pois interferirá diretamente na vida dos cidadãos e cidadãs santamarenses, entendo que a sua divulgação, na íntegra, se faz necessário, sob pena de, mais uma vez, termos um instrumento a serviço dos gabinetes. Como sugestão, vejo que as escolas do município podem ser usadas como multiplicadoras, enquanto isso, seguirei dando a minha cota de contribuição. Neste primeiro momento transcreverei quatro artigos: 1º,10,11 e 12, vejamos:

O art. 1º diz: Este código, fundamentado na legislação e no interesse local, regula a ação do Poder Público Municipal, para preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação, proteção dos recursos ambientais, controle das fontes poluidoras e do meio ambiente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, de forma a garantir o desenvolvimento sustentável.

Ainda , reza o parágrafo único que: A administração do uso dos recursos ambientais do Município de Santo Amaro compreende a observância das diretrizes norteadoras prevista na Lei Orgânica do Município de Santo Amaro, no seu Plano Diretor,Códigos de Obras e Posturas, sobretudo as diretrizes normativas constantes do Estatuto da Cidade. O artigo 10, versa sobre a criação do Conselho de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA, instância colegiada de caráter consultivo, deliberativo e de representação no âmbito da Política Municipal de Meio Ambiente, com as seguintes competências, dentre outras:

1° opinar previamente sobre programas e projetos, públicos ou privados, que possam interferir no meio ambiente no âmbito municipal;

2° estabelecer diretrizes e critérios gerais para a implantação de atividades e empreendimentos públicos ou privados, que possam ameaçar a qualidade do meio ambiente no âmbito municipal;

3° subsidiar o Ministério Público e demais órgãos com vistas à proteção do meio ambiente;

4º deliberar sobre a realização de audiência pública, em caso de processo de licencia-

mento de atividades ou empreendimentos potencialmente poluidores;

5° definir critérios para aplicação dos recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente;

6° exercer o controle social sobre o uso dos recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente;

No artigo 11, reza que o CONDEMA poderá manter intercambio com entidades

e associações afins do Brasil e do exterior, visando apoio técnico e financeiro necessário à execução da Política Municipal de Meio Ambiente. Já o artigo 12, define a composição do CONDEMA, assim distribuído:

I - 04 (quatro) representantes do Poder Público Municipal;

II - 03 (três) representantes do Setor Produtivo;

III - 04 (quatro) representantes da Sociedade Civil Organizada.

No dia 10 de fevereiro, aconteceu a posse dos membros do CONDEMA para uma gestão de dois anos. Dentre as deliberações tomadas, ficou acertado que a primeira reunião Oficial do Conselho, acontecerá em 31 de março, às 09h00, no Salão Nobre da Prefeitura, podendo dela participar qualquer cidadão ou cidadã, interessado na questão ambiental.

Planejamento Urbano: ACESSIBILIDADE

As cidades, espaços em constantes processos de transformações, requerem a adoção de medidas que possibilitem a garantia do seu uso de forma - quase -igualitária. A preocupação não é recente e todas as conquistas hoje desfrutadas - mínimas em verdade - refletem o esforço de uns poucos ao longo dos tempos. Saneamento Básico, Segurança Pública, Habitação, são alguns dos itens de pauta nos encontros e Conferências promovidas ao redor do planeta. Afora essas questões, novas temáticas passaram a fazer parte do rol das ações que visam reduzir as desigualdades entre cidadãos e cidadãs nas Urbes. Nesse ponto, o Brasil, há dez anos, aprovou as Leis Federais 10.048 e 10.098, denominadas de ACESSIBILIDADE. Se por um lado os dispositivos representam um grande avanço, por outro, o seu desconhecimento e descumprimento requerem novas avaliações, inclusive como forma de se buscar mecanismos capazes de fazer com que os atores conheçam os benefícios oriundos da criação dessas Leis. O termo ACESSIBILIDADE permite diversas leituras, destaco a que diz: “é possibilidade e condição de alcance para utilização com segurança e autonomia dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.”

Tomando por base as leis e os dispositivos que a cidade de Santo Amaro dispõe (PDDU, LOM), voltarei, mais uma vez o meu olhar para as calçadas. Tamanha a sua importância no que se refere a acessibilidade, que já serviu de ponto para duas edições do Seminário Baiano de Calçadas, que teve como objetivo, “orientar o poder público e a sociedade com propostas e análises sobre os problemas enfrentados diariamente pelas pessoas nas calçadas”. Não precisa ser detentor de todas as funções dos sentidos para perceber que padecemos aqui desse mal, haja vista, as distâncias. Esquecemos que elas são elementos essenciais para circulação das pessoas e não espaço para mesas e cadeiras a servir os bares, para colocação de bancas, telefones públicos, ambulantes ou rampas (fora dos padrões), constituindo verdadeiras barreiras ao livre ir e vir.