Num piscar de olhos vemos quanto o tempo já consumiu
das nossas mentes, dos nossos desejos, anseios, e quantas
vezes nos vimos frustrados por expectativas nunca reali-
zadas. Estamos envelhecendo com a certeza de que ainda
temos pela frente um longo período para estarmos ante-
nados com os que se propõem tirar o município da situa-
ção de desgaste político e moral. Para alivio, não apenas
esse pedaço de chão baiano passa por tal vexame: é o Bra-
sil, como um todo, mas isso não pode ser consolo para
quem almeja ser referência na Federação: já fomos! Não
é triste vivermos do passado, sempre com fantasmas às
voltas? Sadismo? Masoquismo, ou os dois juntos: Sado-
masoquismo? Se nós nos acostumamos a conviver com a
falta de alimentos nas casas de muitos dos nossos irmãos;
se sentimos alegria em ver o nosso vizinho sofrendo, igualmente à nós; ou se somos
tudo isso, que esperanças residirão para confrontar-se na busca da conquista do
respeito social, onde cada um esteja incluso e não excluso na ‘‘sociedade’’?
11 anos, hoje, 2 de fevereiro de 2012, de interação com os santamarenses: infor-
mando e levando modestas avaliações sobre tudo de significativo que acontecido
no município, com ênfase para os assuntos políticos, que norteiam os povos, de
qualquer filosofia social, provocando a discussão a menos significativa possível,
mas salutar para o avanço da compreensão do momento histórico , ou político.
Querer desconhecer a presença, a todo instante, da política em nossas vidas, é o
mesmo que achar que o homem não foi a Lua, e que não somos, todos, mortais.
Nesses 11 anos fomos criticados, elogiados, por nossa conduta e pelo que de bom
demos à Santo Amaro. O que nos gratifica é o respeito de toda a sociedade pelo
comportamento assumido por todos que colaboram com esse periódico, difundin-
do a verdade.
Nesses 11 anos, O Trombone manteve uma linha editorial definida, clara, em defe-
sa dos interesses do município, não importando o administrador de plantão, e não
agiu como censor dos seus articulistas lhes pedindo carteira de compromisso ou
de alinhamento ideológico. Todos foram e são livres, para externar suas opiniões.
Graças, as convergências sobrepujaram as divergências, e aí reside o sucesso desse
periódico.
Nesses 11 anos, a cada um deles vencido, as preocupações aumentavam pelo enten-
dimento das dificuldades para a sobrevivência, mas a determinação pela sua conti-
nuidade não permitiu que se transformasse num jornal de ocasião, revitalizando
as convicções da sustentação da proposta, assegurando que as suas páginas não
ficassem sem letras, nem tinta, especialmente sem ideias.
Assim, ano após ano, fomos sobrevivendo, e você caro leitor, foi a peça principal
dessa engrenagem, pois, sem os seus comentários críticos e elogiosos a esse traba-
lho, talvez tivéssemos igual destino de muitos co-irmãos: trabalho encerrado.
Editorial - Mais um aniversário.