quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

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Aloisio Lago

Direitos Iguais  Para Todos

Não resta a menor dúvida de que os direitos e os deveres são iguais para todos, sem qualquer discriminação ou preconceito. Quem se opõe a esse prin cípio não é democrata.

Falando sério: querem diminuir mais o tamanho de Santo Amaro; querem eman cipar o distrito de Acupe; querem territó rio que não lhes pertence, portanto, querem acabar com o município de Santo Amaro, pequeno e cambaleante das pernas. Já imaginaram se de fato isso vier a acontecer?

Pensem no desmoronamento completo do município, se essa ideia de emancipação reacende nos oliveirenses, e todos, se decidem pelo corte umbilical com a mãe!

A ética existe mesmo?

Vejam a esdrúxula situação! Cassinho, ex-secretário de João Melo, diga-se de passagem, com péssimo desempenho (preferiu cuidar melhor dos seus negó-cios em detrimento dos assuntos do município), hoje, está se lançando candidato à prefeito da cidade e já se articula com os incautos e inocentes úteis para tentar viabilizar o seu projeto. E que projeto é esse? Criar as condições para promover a emancipação do Acupe. E ele tem esse direito? O de ser candidato a prefeito, tem, o de querer emancipar o Acupe, também tem, então, qual é o pro blema? O problema simplesmente é ético e acima de tudo político.

Por quê que é ético? Com Cassinho candidato, suponhamos eleito  o caminho está aberto para colocar o plano em execução, usando toda a estrutura da Prefeitura, material, financeira, pessoal, para inibir que da sede surja um movimento em defesa do território ainda existente, ou que se repita o episódio da emancipação da Saubara, na calada da noite. Por quê que é político?

Porque conquistando espaços, fragiliza o eleitorado no caso de uma consulta plebiscitária, inibindo aqueles incautos e inocentes úteis que lhe ajudaram no plano de enfraquecimento político do município. Sob todos os ângulos a empreitada é desastrosa para Santo Amaro que não pode nem deve ser ratalhado mais um vez, sob pena de quem sabe, um dia, virar distrito.Esse é o meu, também legítimo e democrático pensamento e posicionamento.

Proselitismo

Convertido ou não, o fato concreto é o direito de todo e qualquer cidadão abra-çar ou não abraçar uma causa. Ser a favor ou contra uma ideia ou determina da situação, não pode nem dever ser somente pelo fato de ser favorável ou não ao desejo. A coisa tem que ser e estar bastante embasada, ser criteriosa-mente avaliada e discutida, e submetida a um julgamento com todos os envolvidos na questão e não apenas e tão somente a uma pequena parcela do universo envolvido. Por quê sim, por quê não! É aí que a coisa pega. É como se pode superar esse conflito? Dando ao povo do Acupe, todas as oportunidades e condições para montar o seu acampamento na sede do município, para defender as suas idéias e propostas para que viabili-zem o projeto, e na mesma medida facilitar aos santamarenses contrários a essa tentativa de emancipação. Que o de-bate seja instalado, que os políticos de todo Santo Amaro comecem a se manifestar, a começar pelo Prefeito e todos os vereadores, presidentes de partidos políticos, enfim, toda a sociedade civil organizada, para o exame da questão. Por mais nobres que sejam os argumentos que venham a ser postos como determinantes para a desejada emancipação, mais nobre é a manutenção da integridade territorial do município, a consolidação de todos os aspectos e manifestações culturais. O que é desprezível é o oportunismo e a falta de sensibilidade para a condução de tão sério problema para o município e toda a sua gente. Ser favorável ou não à emancipação do Acupe é mais do que legítimo e democrático. Nas ruas de todo o município deverão ser travados os bons combates para a compreensão e formação de um juízo que deverá nortear os rumos da campanha emancipatória (se acontecer), sem nenhum tipo de oportunismo como já se pode perceber. Quem está na luta pela emancipação do Acupe, éticamente e moralmente está impedido de pleitear o cargo maior do Município, o de Prefeito, porque se eleito, vai causar um dano imensurável. Está aberta a discussão. Contrários e favoráveis comecem a se manifestar e não fiquem escon-didos esperando o mar pegar fogo, para comer peixe assado.

Administrar é coisa séria

A história se repete. Um ano termina, um novo surge e então podemos avaliar o que fizemos e voltado para quem.


A cidade continua a mesma, com os mes mos defeitos e equívocos administrativos. A expectativa de mudanças, foi vã. A frustração dominou o sentimento dos santamarenses esperançosos em dias melhores para a população, sobremaneira para a juventude.

O que se esperava da atual administração era uma mudança completa de com portanto, qual nada! Nos diversos segmentos da administração, alguns melhoraram, outros pioraram, não houve alteração na concepção de administrar, por exemplo, a educação, pilar central na construção de uma sociedade civilizada e preocupada com o seu destino. Então, pergunta-se: o que de concreto mudou nesse campo? É verdade, sim, os prédios escolares estão limpos (no seu exterior e bem pintados), a merenda escolar continua com os mesmos defeitos de todas as gestões passadas, ademais, não é pela barriga que o conhecimento entra, embora reconheçamos que a alimentação é importante para um bom desempenho cerebral. Quem não se recorda que até a década de 60, mais ou menos, não existia merenda escolar? Nem por isso o rendimento escolar, do aluno era fraco, afirmamos que em relação ao atual era infinitamente superior, antes era orgulho, hoje é tristeza, na rede pública de ensino a que abriga o maior contingente nacional.

O que fez o até então o Prefeito Ricardo Machado nesse setor? Vejamos: pintou e repintou todos os prédios escolares, gastando uma fortuna. Disse ter reformado vários prédios e o que se sabe é que o Prédio Escolar do Jericó, depois de totalmente reformado, com telhado novo, esse desabou. A Escola Prado Valadares foi jogada ao chão em pleno funcionamento do ano letivo, deixando as crianças expostas a acidentes, com as suas trans-ferências para o imóvel do SESI. A Escola Dulce Gentil de Castro, na Caeira, foi demolida e está jogada ao vento até hoje. Os seus alunos, amontoados, estudam? Em uma saleta e uma cozinha improvisada, numa casa alugada no mes-mo bairro. Os professores da rede municipal continuam sem treinamento.

Você pensa que foi diferente com a saúde?

Foi não! A mesma preocupação, pintar e derrubar. O Posto Médico do Acupe, foi jogado ao chão, para no mesmo local ser construido um hospital. Recentemente no Trapiche de Baixo, o PSF estava fechado e em vários o atendimento vem sendo questionado pelos usuários. A movimentação de pacientes para Salvador, São Francisco do Conde é enorme e a população carente amarga na Central de Regulação. O município continua gastando uma fabula para um péssimo serviço prestado pela prefeitura. Tudo continua da mesma forma aos sábados, domingos, feriados e dias santificados. O volume de recursos que tem entrado para município é enorme e todos se perguntam: o que é feito com tanto dinheiro e ninguém sabe o que respon der. Objetivamente nada mudou. A falta de assistência médica aos domingos, em todas as especialidades, principalmente para os que são do Sistema Único de Saúde, é a marca registrada de Santo Amaro e também dessa administração. Os hospitais da cidade funcionam de forma precária e a Santa Casa de Misericórdia passa por um dos seus piores momentos. Do jeito que as coisas vão, não vai haver salvador da pátria. Quem paga? O povo;

Falta planejamento, por isso nada dá certo

Quem acompanhar as obras e serviços feitos na cidade, se horroriza com as faltas de critérios, prioridades. Como já se viu um município pobre se dar ao luxo de da noite para o dia destruir a Praça da Purificação para construir uma outra, com um custo elevado, deixando de lado por exemplo a Feira Livre? O investimento feito nessa praça solucio-naria de forma definitiva a sua dessarumação, a falta de higiene na comercialização de produtos e gêneros alimenticios entre cachorros, baratas e ratos. Outra maluquice foi o desmantelamento total da Praça do Riachuelo, que há mais ou menos três anos foi remodelada pelo poder público com um gasto entre 300 e 400 mil reais. A obra está parada. O que que é isso senão ausência de planejamento. Querem mais? A Praça dos Ex-Combatentes, no Sacramento também foi demolida. Será que as derrubadas das Praças são as prioridades de Ricardo Machado? E o que vocês me dizem de faz e re-faz trechos de calçamentos pela cidade? Observem, somente em frente a Igreja do Rosário, não vamos dizer porque não vão acreditar foi um sem número de vezes, de jogar cimento fora em nome do povo. Tem planejamento? Não!

Coluna do Betinho d`Saubara

BRAVO!

SALVE! 10 ANOS DO JORNAL “O TROMBONE”.

QUE VIVA “O TROMBONE”

Comemorar dez anos publicando jornal num país onde poucas pessoas lêem é complicado, é um grande desafio, é um feito histórico, heróico. Durante uma década este informativo circulou pelo município de Santo Amaro e cidades circunvizinhas, noticiando. Nesta coluna, foram registrados importantes acontecimentos sociais, culturais, religiosos, educacionais; casamentos (Maurício Pessoa, Ivo Motoboy, Barrigão do Trapiche de Baixo, Bilocóia); aniversários (Dona Canô, M Carvalho, Vadinho Gordo, Bebé, Buda); nascimentos ; show artísticos (Joyce Salles, Roberto Mendes, Edson Gomes, Danny Assis, Reizinho, Patrick Mendes, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Nailton Santos, Júnior Figuerêdo, Bandas Eternamente e Dissidência, Bandalla, Eduardo Alves, Márcio Valverde, Lívia Milena, Marcel Fiuza, Aline Barros, Jilmara Figuerêdo, Gene Ramos); desfiles cívicos (Filarmônicas “Filhos de Apolo” e “Lyra dos Artistas); Bandas marciais e Fanfarras: CETS, COBRAC, BAMASA, SÃO JOSÉ); eventos literários, musicais e culturais (Dinho do “Sebo”, Herculano Neto, NICSA, Academia de Dança Arte e Magia de Ditinho, Coral Miguel Lima, Grupo MAHADEVI, ACARBO, Clube de Jazz do Profº Zé Raimundo); festas milionárias Lapernê, Arlindo Mexeu, (Vadinho Gordo); romaria de Santo Antônio (organizada pela profª Dida, Nazaré...); reisado (Terno “Filhos do Sol” da família Veloso), e réveillon (Dia 31/12/2010, no salão vip do seu novo iate, Dra. Aidil - recepcionou os amigos: Barufi e Luiza, Álvaro e Gal, Rosimar e Romélia, Klinger e Aracê, a fim de passearem pelas águas da Baía de Todos os Santos). Faço parte de um grupo de abnegados colaboradores (Ediney Santana... Podemos festejar e cantar parabéns pelos 10 anos do Trombone.
 
ECOS DE DONA CARMEM - Ainda repercute pela cidade de Santo Amaro – a badalada comemoração dos 70 anos de Dona Carmem Assunção, mãe de Francisco, Márcia, Carmem Lúcia, Marco, Fioravante e Gilmar Assunção, que teve como programação: 03/09/2010 – Missa na Igreja de Nª Srª do Rosário (celebrada pelo Pe. Rogério), e coquetel na “Casa branca”, em cima do Bradesco. 04/09 – Café da manhã (residência da aniversariante / Rua Barão de Vila Viçosa) – animado por charanga e show musical do grupo “Coisa de Pele”. 05/09 - Feijoada em família. A milionária festividade: foi totalmente patrocinada pelos netos.

ECOS DA FESTA DO BAÊA - As pessoas ainda recordam: 27/11, as principais praças e artérias de Santo Amaro ficaram coloridas, decoradas nas cores: azul, vermelho e branco. Muitas camisas e bandeiras. Trio elétrico, fogos, carreatas. Grande festa popular: carnaval, micareta, desfiles de torcedores. Muito samba, reggae, arrocha, axé, pagode, funk. Famílias, fanfarras e filarmônicas torcedoras do Bahia: saíram do chão e festejaram: Baêa está na primeira divisão “Eu sou Bahia / Com muito orgulho / Com muito amor”. Ivo Motoboy e sua esposa Maria da Penha comemoram: “Que viva o Esporte Clube Bahia!”

ECOS DO ANIVERSÁRIO DE JOÃO - Comemorando a sua passagem natalícia (10/12), no bar “Águas e águas” (Santo Amaro), o aniversariante professor João

Emerentino (Diretor do CETS), conseguiu reunir seus familiares, amigos e colegas. O evento esteve animado pelo competente músico e cantor Kid Baiano (Feira de Santana), auxiliado pelos cantores professor Carlos Barreto e Dr. José Antônio – que desejando parabenizar o aniversariante enfatizou: “João, a Polícia Civil sente-se honrada em tê-lo em seu quadro”. Na pista de dança, Gugu de Machado e Cláudia – não perderam os passos da lambada, e tomaram conta do salão. O apetitoso caruru (preparado por Bel e Equipe do CETS) provocou o gosto de gás “quero mais”. As deliciosas sobremesas foram preparadas por Júlio Cezar e Valquíria. O professor Joel (fazendo cobertura fotográfica – não perdeu um flash).

PRIMEIRA COMUNHÃO - Na Igreja do Rosário (28/11/2010), o Pe. Reginaldo Pessanha auxiliado pelos diáconos Antonio Amarante e Augusto Dórea, realizou a Primeira Eucaristia de 72 crianças, dentre elas: os priminhos Thiago Alberto Assunção de Santana (filho de Antônio Alberto e Márcia) e Izadora Santana Beirão (filha de Carlos Beirão e Lúcia Magali).

CORDEL - Sendo bastante aplaudida, dia 28/11/2010, na Praça da Purificação (Santo Amaro), a Cia. Gente de Teatro da Bahia constituída por Daniela Vieira, Lázaro Machado, Marcelo Casulo, Orlando Martins e Cristina Neiva, esteve apresentando o espetáculo teatral “Cordel da viúva de marido vivo” – “uma comédia tipicamente nordestina

oriunda literatura de cordel, o texto foi criado por Chico Nascimento e adaptado por Daniela Vieira especialmente para o teatro de rua. O enredo aborda a questão dos relacionamentos conjugais, o suborno e o arrependimento masculino”.

COEXISTÊNCIA - Durante o período de 30/11 a 31/12/2010, no Museu Galeria de Arte Caetano Veloso / Solar do Bijú – Campus Avançado da UEFS (Praça da Purificação / Santo Amaro), está sendo realizada a belíssima exposição fotográfica “Lugar de coexistência” do artista visual George Lima (natural de Feira de Santana). “Na arte de George Lima, o olhar supera a força da palavra e transforma a insignificância em cor, em tons inusitados, em espelhos mágicos. Minúcias e fragmentos transmudam-se em poesia, arte, deleite para os olhos e para o espírito”. (Leni David).

BADALAÇÕES - Está enganado quem pensa: que só Vadinho Gordo, Lapernê, Bispo, Arlindo Mexeu, Ivo Motoboy e M. Carvalho sabem organizar as mais badaladas festas em Santo Amaro, puro engano. Patrocinado pelos filhos Moisés, Lelinho e Fabio, sete netos e cinco bisnetos, o milionário Benedito da “SUCAM” - realizou dois concorridos eventos: 06/12/2010 (71 anos do seu nascimento) e 24/12/2010 (50 anos do seu casamento com a senhora Alindahy “Linda”) - na sua gigantesca fazenda. Calcula-se que cerca de três mil convidados (os selecionados familiares e amigos do casal) beberam (cinco mil caixas de cervejas) e comeram churrascos (dois mil quilos de carne) e muitas frutas tropicais. As festividades foram animadas por dez bandas (que tocaram valsas, boleros e sambas).

NIVER DO GORDO - A pequena e simples festa comemorando o aniversário de Vadinho Gordo (19/01), organizada por Tatiana e Márcio, porém patrocinada por M. Carvalho, Lapernê, Arlindo “Mexeu” e Mário Petescol, no “Eco resort Rocha Dias” (Costa do Sauípe), contou com a presença de dois mil convidados – que degustaram lagostas e canapés, sem faltar o costumeiro caviar (oferecido por Jailton, Wilson e Araújo). A fim de manter a dieta do aniversariante, as mais famosas comidas típicas do Recôncavo Baiano (caruru, maniçoba, sarapatel, feijoada, moquecas) foram preparadas pelas senhoras Bebé, Zelita, Carminha de Zequinha, Fátima e Perpéa.

FRENÉTICOS – A fim de recepcionar familiares e amigos (em sua mansão particular), durante as festividades de final de ano em Santo Amaro, o todo badalado Alcione - transformou o salão de beleza de sua esposa Marisa - numa agitadíssima “Disco dance” (com luz negra e outros efeitos cenográficos). Os convidados: Paletó, João, Leozão, Edvaldo “Vaval” e Haroldo Melo, dançaram a valer (pagode, lambada, tango). Os anfitriões (Alcione e Marisa) ficaram surpresos com as fortes revelações performáticas.

João Melo tenta se livrar

João Melo, foi reprovado pelo TCM nas suas duas últimas Contas de 2007 e 2008.

Agora, tenta sensibilizar os vereadores para a sua total inocência, atribuindo ao TCM, responsabilidades pelos seus desmandos.

No seu arrazoado apresentado aos vereadores, com 217 páginas, logo na página 2, O CANTO DA SEREIA:

Quer (João Melo) afirmar ainda, que nessa hora, a decisão dos VEREADORES sobrepõe se ao Opinativo dos Conselheiros do TCM, cujo Parecer não passa de estudo técnico, eficiente ou não; justo ou não; peça processual que não tem chancela de um “carimbaço ‘ Pois bem, Senhores, é justamente nessa hora que o Poder Legislativo se agiganta.

Querem puxada melhor que esta? Pergunta-se: por quê o ex-prefeito não apresentou toda essa documentação aos Conselheiros do TCM, não para justificar nada, para ser incorporada às suas prestações em tempo hábil? Será que o TCM é composto por irresponsáveis ao ponto de remeterem para apreciação dos senhores vereadores, dois Pareceres Prévios, irresponsavelmente examinados e recomendando a rejeição das suas Contas? Percebe-se claramente a tentativa de desqualificar o TCM quando afirma: a decisão dos VEREADORES sobrepõe se ao Opinativo dos Conselheiros do TCM, cujo Parecer não passa de estudo técnico, eficiente ou não; justo ou não; peça processual que não tem chancela de um “carimbaço .

Vamos dar ao ex-prefeito, a vanta-gem da dúvida. Lhe cabe, então, uma representação contra o Tribunal de Contas dos Municípios, por ser formados por profissionais incompetentes, perversos, e perseguidores. Em março, os vereadores apreciam os Pareceres e na oportunidade podem entrar para a história, ou ficarem no lugar comum, me-ros vereadores que aprovam tudo.

Artur é reconduzido à presidência

No dia 15 de dezembro os vereadores de Santo Amaro se reuniram para eleger a nova Mesa da Câmara de Vereadores da cidade.

Como a emenda ao Regimento Interno da Casa, de autoria do vereador Luciano Caldas - que pretendia presidir o legislativo, nesse biênio - permitiu a reeleição do Presidente, Artur, o grande beneficiado, que conseguiu a façanha de conquistar os votos dos chamados oposicionistas, Saborosa, Valmir, Zé Carlos e Eduardo, sendo ungido à presidência da Casa para o biênio 2011/2012 por unanimidade. A Mesa da Câmara sofreu apenas uma modificação, não concorreu Eduardo Freitas e em seu lugar entrou o vereador Elias. Todos comandarão a Casa até o final do ano de 2012. Houve comemoração na Pedra e os edis se confraternizaram e aproveitaram para descontraidamente traçar planos para o futuro.
Aproveitaram também o momento festivo para discutir as possibilida-des da rejeição das contas de João Melo, que graças as manobras do Presidente Artur não foram ainda apreciadas pelo conjunto da Casa. O mês de março será decisivo. Se a votação fosse hoje, as Contas de João Melo seriam rejeitadas também, pelos vereadores de Santo Amaro, que marcariam um tento histórico e dariam o grande passo para a introdução de um novo estilo político no município. Agora, é questão de tempo, a Câmara vai ter que julgar, dando voto favorável ou não ao Parecer Prévio do TCM, que condena João Melo pelas mazelas praticadas contra o município.

O vereador Valmir lidera os pensadores de que é chegada a hora de colocar ordem na Casa, e acabar de uma vez por todas com a impunidade que o legislativo compactua, quando absolve quem pratica ilicito contra o patrimonio público, leia-se, erário, leia-se também cofres,

O negócio é esperar.

Sidney

É muita maracutaia

O acompanhamento pelo TCM da execução contábil, orçamentária, financeira e patrimonial das contas de Ricardo Machado, 2009, redundou em falhas e irregu-laridades graves.

Em janeiro e dezembro, houve descumprimento dos prazos para entrega de documentação. Mesmo assim, em caráter excepcional, foi concedido novo prazo e a apresentação da documen-tação foi incompleta.

As normas referentes a execução orçamentária-financeira, foram feridas considerando-se a Lei Federal n° 4.320/64.



Divergência entre o somatório e o montante registrado no demonstrativo de Despesa, mês de março, totalizando R$ 206.569.62 ( relativo aos processos de pagamento n°s 513, 515, 520, 522, 529, 554 e 703) caracterizando ausência de comprovação de despesa. Esse dinheiro deverá ser ressarcido ao erário municipal.

Os documentos apresentados além de serem em cópias, não estavam acompanahdos dos comprovantes das despesas.

Ocorrência de casos de ausência de licitação, no montante de R$ 1.112.321,42; ausência de licitação por fragmentação de despesa, no valor total de R$ 191.261,66, entre outras irregularidades.
Tais atos configuram hipótese de ilicitude prevista no inciso Xl, do att 1° do Decreto-Lei n°201/67 e nos arts. 10, inciso VIII e 11, caput da Lei Federal n° 8429/92, o que será objeto de apuração no foro competente através da atuação do Ministério Público Estadual.

Processo de Dispensa, Credor — OLIVEIRA SANTANA CONS-TRUÇOES LTDA.,

R$ 2.490.567,47, entende ser necessária a realização de uma Auditoria, avaliar a legalidade da contratação, quanto para se aferir a sua efetiva adequação aos princípios constitucionais..

Assim, determina-se a realização de Auditoria para análise específica deste contrato e pagamentos correspondentes e, se constatadas irregularidades, deverá ser lavrado o respectivo Termo de Ocorrência.

Pelo vulto dos gastos aferidos no exercício, notadamente com locação de veículos e telefonia fixa/móvel, em meses apontados, adverte-se o Executivo para a necessidade de se observar com maior rigor os princípios da moralidade, razoabilidade e economicidade. Além disso, tais dispêndios são bastantes expressivos e demonstram a falta de planejamento da Prefeitura no particular.

Informação sobre contratações artísticas, Credor — Preto no Branco Produções Artísticas Ltda., processos de pagamentos n°s 2685 e 2686, onde informa a Inspetoria, no mês de novembro, fis. 1.287, não ter sido demonstrada a existência de contrato de exclusividade entre a Empresa contratada e as atrações por elas representadas, em descumprimento à Lei Federal n° 8.666/93, assim como à Instrução TCM n° 002/05. Deste modo, será aplicada sanção pecuniária ao final deste pronun-ciamento.

No mês de fevereiro, fis. 1.275, a ocorrência de despesa com publicidade no montante de R$ 5.400,00 (cinco mil e quatrocentos reais), sem a demonstração do mapa de veiculação, objeto do processo de pagamento n° 1104, em descumprimento ao Parecer Normativo TCM n°11/2005, valor que deverá ser ressarcido ao erário municipal.

Contratação irregular de prestadores de serviços para exercerem funções próprias da administração, meses de maio a dezembro.

Multa de R$ 13.884,50

Esse valor é para ser devolvido aos cofres da Prefeitura;

De forma suscinta, aí está um resumo das contas rejeitadas pelo TCM. relativo ao ano de 2009, administração de Ricardo Machado. Seria uma surpre-sa, fossem elas aprovadas. Agora, cabe aos vereadores o cumprimento da lei.

As trapalhadas do Dr.Juiz

É isso mesmo minha gente! Essas coisas só acon-tecem em Santo Amaro, verdade! Em pleno período natalino, quando os espíritos dos cristãos estão vol-tados para as comemorações do nascimento do Menino Jesus, eis que, o douto Juiz de Direito, da Comarca de Santo Amaro, Dr. Alberto que não viu cumprida a sua liminar que determinava ao Prefeito Ricardo Machado o pagamento dos subsídios do Vice-Prefeito, Justino Oliveira, retidos há mais de ano pelo município, protagonizou uma verdadeira cena ao estilo Charles Chaplin, realizando no Fórum Odilon Santos, uma reunião com os dois maiores man datários da cidade, prefeito e vice, sob a sua presidência, não para fazer cumprir a sua liminar, mas, para tentar um acordo entre as partes.

Humilhação

Vejam como aconteceu essa hilariante, humilhante cena, tendo como cenário a sala de audiências da Vara Crime, comandada pelo Meritíssimo Juiz Alberto.

Lembram-se das cenas dos filmes de cowboys feitas no bar mais importante da cidade onde o xerife exibia o seu distintivo e colocava na mesma mesa artistas e vilões, e logo solicitava aos contendores colocar suas armas sobre a mesa para começar as negociações sempre em torno do roubado no trem de passageiros, para ver com quem ficava o todo ou a maior parte? Pois bem, não estivéssemos em pleno século XXI, poderíamos nos remeter ao passado e nos debateríamos com o Prefeito Ricardo Machado e o Vice Justino Oliveira, um gozando com a cara do outro e o outro lhe fazendo sérias, graves, gravíssimas acusações, que não podem ser suportadas senão como reconhecimento de culpa, e tudo sob a mediação do doutor Juiz de Direito da Comarca de Santo Amaro, o que é lamentável.

Deve-se pagar a quem não trabalha? Perguntou Ricardo ao Juiz, para justificar a sua rebeldia em descumprir a LIMINAR do Dr. Alberto que ordenava, ordenava porque não foi cumprida pelo prefeito - o pagamento dos subsídios do vice, há mais de um ano. Mas antes dessa pergunta, o Prefeito/Juiz, disse para o doutor Juiz que não queria ser interrompi-do enquanto estivesse falando.

Quem diz o que quer ouve o que não quer

Durante a sua rápida exposição o prefeito acusou o vice de não trabalhar e querer receber subsídios em prejuízo do pagamento dos salários dos pobres servidores municipais, haja vista, os cofres da prefeitura não terem o suficiente para honrar tais compromissos, o que provocou a ira do vice Justino, que retrucou sem nenhuma cerimônia: o município está sem dinheiro porque você está metendo a mão na grana. Foi isso mesmo que você leu.

Vender carro

Ainda nas bobagens repetidas, Ricardo perguntou a Justino por que ele não vendia o carro para pagar as dí-vidas que são muitas? Sabem como Justino respondeu ao Prefeito? Não vendo porque ele não foi comprado com dinheiro do tráfico.

Cuide da sua perna

Debochando da condição do Vice Justino ser portador de erisipela na perna esquerda, lhe disse ser melhor cuidar do ferimento para poder fazer algo de útil pela comunidade. Justino não exitou na resposta: Essa minha perna doente, foi a mesma que subiu ladeiras, morros, percorreu toda a cidade lhe ajudando na conquista da população, para que você pudesse chegar aonde está hoje,

Passivo, como se nada estivesse acontecendo, o douto Juiz de Direito, prosseguia com essa aterrorizante reunião, convocada não se sabe para que. O que de concreto existe, é que Santo Amaro está totalmente entregue ao deus dará. Tem mais: depois de ataques de lado a lado, aliás, ataques e contra ataques, tudo assistido de forma complacente por quem deveria zelar pelo pudor público, o senhor prefeito do município Ricardo Machado tentando de todas as formas desmoralizar o seu vice Justino, e como não conseguia, desfechou o tiro mortal e propôs: por que você Justino, não faz uma doação desse seu dinheiro que estar a reclamar referindo-se aos subsídios não pagos, para a casa das crianças carentes de Santo Amaro, patrocinada pelo Dr. Alberto? Você sabe que o município está sem recuros. Sei sim, disse Justino, porque você está roubando esse dinheiro!

O inusitado

O Juiz Dr. Alberto, convocar o Justino para uma reunião que ele não presidiu, expô-lo a constrangimentos e não adotar nenhuma providência que o assunto requereu, pois, ouviu da boca do Vice, primeiro, que o Prefeito está metendo a mão no dinheiro público; segundo, que o Prefeito está roubando. Pasmem! A autoridade maior do Poder Judiciário local ouvir tudo isso, ficar em silêncio, e não mandar prender Ricardo pelas acusações que lhes foram feitas, ou o Justino, por ser um difamador ou mentiroso, é no mínimo inusitado. Quem acusa do jeito que fez o Vice, não é nenhum maluco. O mínimo que o Juiz deveria ter feito era tão somente isso. Pergunta-se: a liminar que determina o pagamento dos subsídios retidos por Ricardo, vai ser cumprida ou não? Ou o Prefeito vai fazer peteca com o Judiciário?

Edney Santana

Trombone: 10 anos depois
O Trombone comemora dez anos de existência e temos muito que celebrar. Manter um jornal em circulação por tanto tempo em uma pequena cidade do interior, distribuído quase que totalmente de graça é mais que um exercício financeiro é uma conquista da democracia e da liberdade de ideia.

Assegurar uma linha editorial sem submissão ao poder ou aos poderosos garantindo a qualidade da informação, promovendo o debate político e cultural me parece ser a vocação do Trombone e isso expõe também o respeito que temos com os nossos leitores.

O Trombone não forma a opinião pública, como um jornal compromissado com o seu tempo ele trabalha com informação pública. Tive o prazer de ser da primeira geração de colunistas do jornal a convite do seu principal articulista e idealizador Aloísio Lago. Nas páginas do Trombone pude manter um diálogo aberto com toda cidade, expor ideias e marcar minha geração.

Deixei de colaborar com o Trombone durante quase três anos quando assumi cargos públicos no município e confesso aos meus caros leitores, melhor que cargos públicos é exercer o jornalismo livre, compor um debate com nossa cidade tão carente de articulistas sensatos ou políticos e artistas que pensem além do Tico e Teco do próprio interesse. O Trombone é a dose de inteligência na insossa vida cultural e política da cidade.

Quando me afastei do Trombone para servir ao estado e ao município passei a ser notícia, a sensação é de certo estranhamento, é melhor estar como cronista do seu tempo que ser parte da crônica.

Nestes dez anos o Trombone tem sido palco de memoráveis entrevistas realizadas por Zopa, Aloísio e Ninho, lugar para a sociedade falar de suas festa na coluna do Betinho, capas maravilhosas cheias de humor feitas por vários artistas plásticos como Big Jhale e tantos outros colaboradores que deixaram suas marcas em suas linhas.

Parabéns a você leitor por ser a razão da existência do Trombone, é tempo de festa, festa da liberdade de imprensa. Nestes próximos quatro anos teremos uma grande luta pela frente que é lutar contra os famigerados conselhos de imprensa os quais vão tentar de todas as maneiras cesurar a imprensa.

Liberdade intelectual, cultural, assegurar direito de resposta rápido a toda pessoa que se sinta ofendida ou vitimada pela imprensa, mas nunca colocá-la a serviço ou subordinada a qualquer ideia que não seja guardar, informar, refletir sobre o seu tempo, ações e histórias cotidianas do seu povo... Sempre. Feliz aniversário Trombone.

Em foco nossa cultura - Ninho Nascimento - Entrevista

Mons. Valter, onde e quando começa sua história com a igreja católica?

Eu sou filho de Conceição do Almeida, última cidade do Recôncavo da Bahia, onde já começa o médio sudoeste. Nasci em 1939, sou de uma família de seis filhos, meus pais já são mortos. Estudei lá, onde fiz o curso primário; fiz exame de admissão, em 1950, que era uma espécie de vestibular e comecei a fazer o curso fundamental e o segundo grau nos Maristas, em Salvador.

Minha família sempre foi ligada à igreja, cresci na igreja, fiz 1ª Comunhão aos nove anos, fui coroinha, participei de todos os movimentos religiosos nos Maristas, fui da Congregação Mariana, do Apostolado da Oração, trabalhei em teatro, fiz peças, participei de coral, da Academia Rui Barbosa que os alunos do científico faziam parte, dei aula numa escola noturna para domésticos, então digo sempre que sou produto de três coisas: a família, os maristas e o seminário. Quando terminei o segundo grau quis ir para o seminário, fiz o curso de Filosofia, depois, Teologia e Pedagogia para administração escolar, dei aulas e fui diretor do seminário em 1963. Me ordenei em 1964 e fui para o seminário de Amargosa, atuando lá como professor e reitor, mais adiante criei a paróquia de Mutuípe, construímos a igreja matriz de Lajes, de Mutuípe e de lá fui para Jequié, em 1976, ficando por lá até 1980 para criar a diocese. Fui eleito presidente de uma comissão nacional do clero que é uma espécie de assessoria da CNBB, mas eu tinha que viajar muito para Brasília para implantar conselhos presbiterais, um ano depois eu disse ao bispo que precisava ficar em Salvador principalmente para evitar as viagens excessivas. Na capital fiquei um ano como capelão da Casa da Providência, depois pároco da Saúde, diretor do colégio Henriqueta Martins Catarino. Daí, Dom Avelar me pediu para ir para o Bomfim, lá fiquei 27 anos e, finalmente, Dom Geraldo me indicou para vim pra cá, substituindo padre Hélio e ao mesmo tempo ser vigário episcopal da região, no dia 17 de fevereiro faço três anos que estou aqui.

Mons., o senhor já está completamente adaptado à cidade e à comunidade?

Facilmente eu me adapto aos ambientes, às pessoas e seus costumes, parece que já estou aqui há muitos anos.Dados de uma pesquisa recente da revista Isto É, apontam a igreja Universal como a que mais cresceu nos últimos 20 anos, na contra mão desses dados, a igreja católica registra uma queda acentuada de fiéis.
O senhor concorda com esses números e por que isso está acontecendo?

Duas são as razões para que isso aconteça: a primeira é que, sem destruir o passado, a igreja alimentou muito as devoções, por uma questão até de contra reforma, já que a reforma protestante destruiu as devoções, a igreja teve que reafirma-las e não foi uma catequese convincente. Enquanto a reforma valorizava a palavra de Deus, a igreja católica valorizou mais as devoções, essa é uma primeira causa. A segunda é que a igreja católica ficou falando numa linguagem muito alta e o povo não entendia. Vou lhe dar um exemplo: eu, padre ainda jovem, fui pregar a festa de São Miguel das Matas, terminada a missa, na sacristia, uma senhora me perguntou? Seu vigário, de onde o senhor é? Eu sou do seminário de Amargosa, respondi, e ela me disse: seu vigário, o senhor fez uma pregação muito bonita! E eu perguntei pra ela: o que é que a senhora entendeu da pregação? E ela me respondeu: entender, eu não entendi, mas que foi bonita, foi...! Então, é essa linguagem que a gente falava e que estava muito acima da capacidade do povo. Tem ainda uma terceira causa: a igreja foi vanguarda durante muitos anos no Brasil, de contestar revoluções, de bater firme, de propor reforma agrária e outras questões sociais, digamos assim e ultimamente a igreja tem ficado um pouco ausente disso. Uma outra coisa: infelizmente, a linguagem e as propostas feitas por algumas igrejas não são honestas. Me refiro às propostas de curar câncer, de curar AIDS, de curar não sei o que. Nosso povo simples não sabe por exemplo que uma árvore não vive dois mil anos porque não estudou, mas o missionário que estudou diz e quando você não estuda, costuma acreditar na palavra de quem estudou; existem pastores que dizem que o óleo vai curar, vai fazer e acontecer. É muito difícil tirar alguém do vício porque o vício torna-se uma doença e doença a gente trata com remédio. Aí começam os milagres nessas igrejas: porque eu andei, porque eu falei, eu vi, enxerguei, deixei de beber e o nosso povo sofrido, sem ter hospitais, sem ter médico, sem ter vida digna, vê naquilo uma esperança. Eu não posso usar essa linguagem, eu não posso ser milagreiro, Deus faz milagres, mas não brinca de milagre com o povo, nós, dá igreja católica falamos uma linguagem muito séria e comprometida, não podemos vender Jesus Cristo nem mercantilizar com Jesus Cristo.

Um outro dado dessa pesquisa é a queda vertiginosa da cerimônia de casamentos que é considerada por muitos uma instituição falida, esse também não seria um reflexo do descrédito dos fieis na igreja católica?

Tudo é fruto da família. As famílias estão se desestruturando, os pais tornam-se exemplos aos filhos porque a nossa maior escola não é a universidade, é a nossa casa. Fui diretor de colégio durante 26 anos, sei o que é isso. A casa dos pais é a escola dos filhos, essa é uma afirmação popular da sabedoria e profundíssima! O que o berço dá, só a sepultura tira. Então, quando a família se desestrutura, os jovens crescem num ambiente sem muitos valores. Hoje não se fala mais em namorar, se fala em ficar, um manipula o outro como “coisa”. No momento que aquela coisa não satisfaz mais, dá um chute e pronto. Depois, um dos males terríveis da revolução de 64 foi: para sufocar o idealismo, escancarou-se as portas para o sexo, um tipo de compensação. Por exemplo: não entrava no Brasil nenhuma revista indecente, depois da revolução, passou a entrar por conivência do governo, vindo dos países mais liberais como Holanda, então o sexo passou a ser, não uma parte integrante do homem, eu nem digo o sexo, digo a genitália, porque sexo depende da resposta de dois. As garotas de programas, por exemplo, não sentem prazer, às vezes transam com dez homens numa noite e como recebem dinheiro, são apenas um instrumento de prazer. Tudo isso nos leva a um descrédito, mas desgraçado o país que a instituição familiar venha por terra, porque se afirma sociologicamente que a célula mãe da sociedade é a família. Então o problema da instituição familiar não é só na igreja católica porque em todas as outras igrejas acontecem ou deixam de acontecer casamentos...

O senhor e o padre Rogério estão conseguindo realizar um trabalho bastante elogiado pela comunidade que é o de atrair jovens católicos às missas e outros eventos ligados à igreja, fale-me um pouco desse trabalho:

Sinceramente não fico preocupado com o número de fiéis dentro da igreja. Observe: quantos cidadãos o Brasil tem em números? Cerca de 192 milhões, não é? E são todos cidadãos? Não são! Um eleitor que vende o seu voto nas eleições, ele é um cidadão? Ele é um troço! Então, não estou interessado em quantidade, estou interessado em qualidade. Agora mesmo os pastores evangélicos me pediram para que suspendesse as missas do sábado e domingo porque eles estavam realizando um show gospel, eu entendi a importância do evento para eles e suspendi as missas. Alguns católicos reclamaram dizendo que eu não deveria abrir mão, mas eu não posso fazer isso. Eu acho que se eu tenho todos os sábados e domingos e eles só estão pedindo um sábado, porque não abrir mão? Depois eu não sou o prefeito da cidade, eu pode-ria negar e o prefeito conceder. Nós temos que conviver com a pluralidade. Resultado, eu recebi um ofício do presidente da igreja deles em agradecimento a atenção que dei. Acho que tenho que conviver com as diferenças. Lá no Bomfim eu convivia pacificamente com todo mundo, com o pessoal do culto afro, agora, nunca abri mão da doutrina, nem posso abrir. Eu posso conviver com comunistas ou com quem quer que seja, só não posso abrir mão dos princípios pelos quais eu sou padre. Para mim é muito melhor você ter dentro da população de Santo Amaro, três ou quatro mil católicos convencidos do que ter uns trinta mil “flor de laranjeira”.

A parte profana da Festa da Purificação cresceu bastante, ao ponto de alterar o calendário da novena, fato que desagrada até hoje muitos fiéis, principalmente os mais tradicionais, o que tem a dizer a respeito disso?

O que aconteceu foi o seguinte: a festa do Bomfim, em Salvador, tornou-se modelo para as festas das cidades próximas. Quando cheguei ao Bomfim, em 1981, não existia nem um trio elétrico na festa, foi Marcos Medrado num ano de eleição quem colocou um trio elétrico na Lavagem. No ano seguinte tinham dois, foi crescendo e chegou a ter trinta. Lá chegou a um ponto de não podermos fazer a novena. No ultimo ano que teve novena no dia da lavagem eu não consegui chegar à igreja, mesmo num carro da rádio Excelsior que na época eu era diretor. Falei pela VHF para o Bomfim e pedi ao meu vigário paroquial que fizesse a novena. O maestro não chegou, gente do coral não conseguiu chegar, músicos não chegaram, a novena foi feita, sabe Deus como e naquele dia, os que foram participar só conseguiram voltar pra casa de madrugada por falta de transporte. Chegou a um ponto que se houvesse alguma coisa grave, do Moinho da Bahia pra lá, morria. Um incêndio, por exemplo, no abrigo dos velhos, morriam todos queimados porque não se tinha como chegar ao local. Eram 30 trios elétricos e não sei quantos caminhões. Dom Lucas, então, resolveu suspender a novena nesse dia. Lá também muita gente não aceitou, mas não havia outra solução e aqui em Santo Amaro, padre Hélio que estava aqui há uns anos atrás, adotou a mesma solução. O que ouço dizer é que a Lavagem aqui terminava por volta das 17 horas e a novena corria normal, às 20 horas. Quando entrou o trio elétrico, paralelo às festas religiosas, acabou com tudo, a coisa desandou. Em 1981 celebrei aqui a missa da Aurora e não tinha nada de trio elétrico no programa da festa, era somente samba-de-roda e outras atrações, mas sem grandes e barulhentas bandas na praça. O que é que está acontecendo? Os políticos, todos eles, para ganharem a simpatia do povo, sacrificam a cultura local. Se não tomarem uma posição firme, as crianças de hoje não vão conhecer samba-de-roda, maculelê, bumba-meu-boi, porque se gasta numa festa da Purificação R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), pagando cachês caríssimos a bandas de pagode e eu pergunto: quanto se pagou às filarmônicas, aos sambas-de-roda, para as burrinhas? Então, é ai que está o problema... Na minha terra era uma beleza, era jardim suspenso, prisão do amor, correio eletrônico, não tinha tiro, não tinha briga, havia bebida, sim, mas não era o que é hoje. Infelizmente a cultura está sendo sacrificada pelo trio elétrico. Eu não sou contra as festas populares não, eu até gosto, sou contra a bagunça. Eu disse ao prefeito que o dinheiro que a prefeitura gasta com uma banda que vai tocar de 2:h em diante é dinheiro jogado fora. Quem é que fica? O pior que Santo Amaro tem e que eu não posso dizer aqui na gravação o que é esse pior. Tem que pensar que no dia seguinte o povo vai trabalhar. Parece-me que este ano serão apenas cinco dias de banda e que o horário máximo vai até as 2:h. É um pedido do povo que vai trabalhar no dia seguinte e o prefeito tem que entender isso. Sem falar nos exageros que acontecem. Como é que se admite que numa festa da padroeira da cidade tenha mulher nua em cima de um trio e homem de sunguinha? Acho que quem governa uma cidade, não tem que governar para agradar a ninguém, tem que governar para o que é melhor para o povo, mesmo que isso desagrade.

Houve um comentário por aqui há alguns anos atrás de que a Matriz da Purificação estava prestes a se tornar Catedral, em que ficou essa história?

Catedral, não será. Às vezes pago pela sinceridade do que digo e pela firmeza com que digo. Catedral é uma igreja matriz que é elevada a essa condição quando se cria uma diocese. Em 1975, os bispos da Bahia e de Sergipe, numa conferência regional, propuseram criar cinco dioceses na Bahia: Jequié, Barreiras, Irecê, Itabuna e Recôncavo. Aqui no Recôncavo ficou a disputa: Sadoc queria que fosse aqui, Neila querendo que fosse em Cruz das Almas e Edvaldo Brandão, naquela época, vice governador, querendo que fosse em Cachoeira, e o arcebispo não bateu o martelo. Isso ficou no banho Maria, vai pra lá, vem pra cá. Resultado, a necessidade continuou e quando foi o ano passado optou-se por Cruz das Almas. Historicamente Santo Amaro tem uma igreja muito mais bonita, a história religiosa da cidade é mais antiga, Santo Amaro tem muitas tradições, mas você não pode negar que Cruz das Almas é uma cidade mais desenvolvida. Lá tem universidade federal, particulares, aqui tem algumas faculdades, à distância, que é bem diferente. Economicamente também Cruz das Almas está à frente. No passado, quando o açúcar caiu, também caiu a economia de Santo Amaro... Durante os festejos dos 400 anos da matriz da Purificação, cheguei a fazer um movimento para criar aqui o título de Basílica, mas estou esperando sair a diocese para pedir ao arcebispo que peça a Roma que conceda esse título para a igreja daqui, o que seria um tipo de compensação. No interior da Bahia não existe nenhuma igreja com o título de Basílica, só na capital, a igreja da Purificação seria a primeira no interior.

Existe na cidade uma crescente onda de violência e como conseqüência, a morte precoce de muitos jovens. Como frear toda essa violência?

A violência tem algumas causas. A primeira delas é a família ou a falta dela. Quando você educa os filhos com noções de valores, mesmo que seja pobre, o cidadão não envereda por um caminho que não seja honesto. Tanto é verdade que na classe alta, hoje, está havendo muitos roubos, assaltos... As pessoas que tem parentes usuários de drogas, podem ver que na raiz do problema tem uma causa, normalmente ligada à família. Muitas pessoas pensam que o jovem pobre não pensa como o rico, mas pensa sim, e como ele não tem condições de comprar um tênis de R$ 400,00 esse jovem acha que pode usar o meio que quiser para adquirir esse bem; é um comportamento próprio dos jovens. O pano de fundo de toda a violência é a falta de estruturação familiar e as drogas, e como se combater isso? Educando porque a repressão não resolve o problema. A família tem que conversar com seus jovens e mostrar claramente as conseqüências das drogas e da violência de um modo geral. Quando a família não educa, a rua se encarrega do resto.

A igreja católica parece ter dado um primeiro passo em relação à liberação do uso do preservativo, qual a sua opinião pessoal sobre esse fato histórico?

Todo mundo quer uma palavra da igreja católica, porque não pergunta isso às outras igrejas? Tem pais que pedem às filhas para levar a camisinha quando sair ao invés de dizer a elas que se preservem, que a virgindade é um valor. Um médico muito importante, de renome, me perguntou que autoridade ele teria com as filhas para dizer que se preservassem se o Papa disse que era para as pessoas usarem a camisinha? Diante da difusão da AIDS o papa consentiu que as pessoas contaminadas com o HIV usassem a camisinha para que essas não transmitissem a doença a terceiros, sobretudo na África onde o problema da AIDS é seriíssimo! Mas o Papa chamou logo a atenção: os casais não podem usar o preservativo como meio de limitação da natalidade e o que é que a imprensa fez? Colocou uma manchete como se tudo fosse licito, mas não é, é somente para as pessoas que infelizmente vivem nesse contexto para que elas não contaminem outras pessoas.

Na próxima edição entrevista com o Padre Rogério

Sim! A Praça é do Povo

Não se questiona se a Praça Purificação tem ou não tem uma praça bonita, espaçosa, com mais lugares para assentos, grama verdejante, coreto sem Filarmônica, ou rinha de galo, piscinas naturais, placa comemorativa de inauguração. Nada disso importa. O prefeito da cidade está devendo ao seu povo uma informação:

QUANTO CUSTOU A NOVA PRAÇA DA PURIFICAÇÃO

Foi inaugurada , reinaugurada, modificada, redimensionada uma área já existente onde o povo passeava, ouvia concertos musicais populares e religiosos, namorava, dançava, brincava, contava mentiras, piadas, desenlaces matrimoniais, assistia comícios políticos, apreciava as Filarmônicas, as Bandas de Fanfarras, grupos de capoeira, maculelê, bumba-meu-boi e outros. As crianças só chupavam pirulitos, não tinha brinquedos na Praça.

Com a nova Praça as coisas são as mesmas e as crianças não teem equipamentos para se distraír. As grandes perguntas são: o dinheiro gasto na reforma ou seja lá o que, na Praça da Purificação, era uma emergência, necessidade real? Vai contribuir para a arrecadação de impostos? Com o dinheiro gasto, quantas casas populares seriam construídas? Quantas ruas seriam calçadas? Quantos seriam beneficiados com um melhoramento no serviço precário de saúde? Será que tal investimento aplicado no setor de educação não contribuiria mais na formação do cidadão? Observe que um outro investimento está sendo feito no Trapiche de Baixo. A praça do Riachuelo que passou por uma reforma no governo João Melo, que investiu mais ou menos 300 mil reais, foi derrubada para ser construída uma outra. Quanto vai custar? E a Praça dos ex-Combatentes? Que loucura!

Memórias

Memórias

Itagildo Mesquita

Noite de Verão em Santo Amaro, na porta do “Chapéu de Palha”, nosso mais tradicional bar, de sandália Franciscana bermuda e camiseta enfrento prosaicamente a quentura que nestas épocas do ano assola nossa cidade. Os meus pensamentos divagam ao observar a nossa velha e querida Praça da Purificação sendo praticamente reconstruída em um projeto misterioso em que ficamos sem saber se teremos uma linda praça ou se teremos algum “monstrengo” modernoso que definitivamente irá comprometer o belo conjunto arquitetônico da nossa mais preciosa praça. Nasci nessa cidade Leal e Benemérita e muitas histórias de homens e mulheres ilustres que muito contribuíram na formação na nossa nação brasileira. Do ponto de vista histórico poderia ficar aqui escrevendo páginas e páginas sobre os Saraivas, Abrantes, Cotegipes passando pelos Viscondes de Pedra Branca, Ferreira Bandeira o Conde de Subaé a Condessa de Barral enfim nomes a que podemos acrescentar ainda no período republicano o de Pedro Lago, Araújo Pinho, Theodoro Sampaio, e mais outros que emenda com a plêiade de artistas onde destacasse Assis Valente, Mano Dércio da Portela, Donga, e mais modernamente, Caetano, Bethânia, Roberto Mendes, Jorge Portugal e outros.

Penso nessas ilustres pessoas imagino se todas elas convivessem nessa cidade ao mesmo tempo e à mesma época. Santo Amaro seria a mais importante cidade do Brasil em todos os campos, políticos, social e cultural.

Mais se me lembro dessas tão importantes figuras, também me lembro de pessoas simplórias com quem convivi e que refrescando os meus pensamentos fico saudoso:

Por exemplo como esquecer das “turras” do meu pai com os torcedores do arqui rival do seu time do coração o Ideal Esporte Clube. agremiação que ajudara a fundar todos eles quase concentrados na torcida do Botafogo Esporte Clube, notadamente “Nelsinho do Bar”, Gilvandro Ribeiro e o mais eloqüente de todos “seu” João da Cruz Mota. Com esse senhor, que morávamos quase que vizinhos na rua Direita, meu pai travava uma amistosa “Guerra” quando da realização do Clássico Ideal X Botafogo no Estádio local. E mais ainda quem quisesse brigar com Dr. Edilio Mesquita dissesse na sua vista que Edgar famoso atacante do alvinegro Santamarense foi melhor jogador do que Pelé. A respeito disso lembro-me de um episódio que ficou em minha memória quando eu tinha mais ou menos 7 para 8 anos e que um dia pela manhã como meu pai sempre fazia foi ao Mercado Municipal no Açougue de Manoelzinho do Trombone comprar carne para o almoço do dia, pois, poucas casas naquele tempo tinham geladeira e o alimento tinha que ser comprado e consumido no mesmo dia. Ao retornar, vi meu pai, muito sisudo, colocar a carne sobre a pia da cozinha, ao mesmo tempo como acontecia todos os dias minha mãe a se queixar da qualidade da carne sob alegação de que esta não era filé mignon. Então meu pai falou para ela:

- Minha filha não reclame da carne hoje não. Mude a roupa e vamos à casa de João da Cruz, pois recebi a notícia de que ele amanheceu morto. Vamos ver se Dona Herminia e seus filhos precisam de alguma coisa.

Ato continuo minha mãe se dirigiu para o quarto, afim de trocar de roupa e eu ví meu pai sentado na mesa da sala, às lágrimas chorando a perda de um amigo querido.

Eu tinha, como disse acima mais ou menos 7 e 8 anos e nunca tinha visto um adulto chorar, pensava que somente as mulheres e as crianças choravam. E eu que pensava, que por causa do Ideal, meu pai não gostava de “seu” João da Cruz!

Nessa noite, ainda divagando, lembrei-me de personagens que povoaram a minha vida desde a minha mais tenra infância. Lembrei-me da explosão da Barraca de Fogos, em 1958, da morte de Polidoro, “o melhor empinador de Arraia de Santo Amaro” Lembro também de pessoas mais simplórias ainda como dona Cuja, uma preta Nagô, nossa vizinha, mãe do meu amigo Amaro Falcão, exímio fazedor de licor, os times de futebol, além dos notórios Ideal e Botafogo, o Elite o Cruzeiro, Aço Tarzan que virou Amarantim, onde destacavam-se os craques “Né”, “Pré”, “Daré”, “Ivo Pacheco” e “César Medonho”, irmãos entre si, todos do Amarantim no Ideal “Pulga Prenha”, “Lalai”, Hamilton Mutti, “Caramuru”, “Toninho Mesquita” meu irmão e Raimundo Artur, no Elite, Raimundo Mano, “Gato Preto”, “Nenga”, no Botafogo o extraordinário “Chico Mota”, o “Zagueiro Elegante” Jurandir Celino, “Djalma de Avelino”, ‘João de Gabú”, e o inesquecível Edgar, que para os Botafoguenses fora o melhor jogador do mundo.

Tínhamos também os valentões da cidade, “Besouro Cordão de Ouro”, passando por Bertinho Hadadd (com quem Faissinho seu irmão aprendeu a ser macho), Osvaldo de Quinzinho, Micinho de Antonio Costa, Edinho Xangô, Djalma de Rosendo, César de Isaias Javanzinho e outros.

Os poetas intelectuais tínhamos Nestor Oliveira, Zezinho Salles, Edio Souza, Ivan Argolo, Frank Romão, José Raimundo Cândido, os Raimundos de Salles Brasil tio e sobrinhos, na musica Lavenai, “Nariz de Cera”, “Seu” Idelfonso mestre Vilela Vadú, Roberto Mendes, Paizinho, Junior Figueiredo (Neto de Delfonso), Kiko Souza, Valmar Paim e outros.

Enfim uma cidade com personalidades tão importantes tem que ser uma cidade especial, porém, um homem dentre todos esses se destacou para mim: JOÃO DÁCIO SERRA. Este homem fundador jornal A Defesa, sozinho, dirigiu por mais de 40 anos aquele Orgão de Imprensa Interiorana, sempre mantendo a sua altivez, dignidade jamais sucumbindo as benesses do poder e fazendo um bom jornalismo na pequena imprensa de Santo Amaro. Ao morrer Dácio Serra foi substituído por nomes como José Joaquim Santana, Geraldo Salles, dentre outros.

No momento a imprensa escrita Santoamarense comemora com ênfase, no próximo dia 2 de Fevereiro o décimo aniversário de um veiculo de comunicação que tem se mantido com muita dignidade no pequeno universo do jornalismo escrito de Santo Amaro. Refiro-me ao jornal “O Trombone” do bravo jornalista Aloísio Lago, que modestamente consegue manter um jornal mensal de boa qualidade, enriquecendo as letras da imprensa local e colaborando no desenvolvimento de um jornalismo honesto e bravo, que nada teme a não ser o julgamento dos seus leitores que já são muitos em toda Bahia.

Para Aloísio Lago as minhas saudações demoncraticas e um grande abraço de sucesso cada vez maior para o bravo jornal O Trombone.

A importância do jornal “ O Trombone” para Santo Amaro

Quero parabenizar o jornal “O Trombone” ao completar 10 anos, hoje, 02 de fevereiro, de circulação efetiva e regular, que se afirma como um veículo de comunicação que alcança o objetivo maior para o qual certamente foi criado: o de estabelecer um vínculo com a sociedade Santamarense.

“O Trombone” comemora 10 anos, celebrando a relação que construiu ao longo do tempo com o leitor,

Sem sombra de dúvida, é através dos meios de comunicação de massa que conseguimos tomar conhecimento do mundo e do que se passa na cidade,nos ajudando a construir nossa realidade, que é formada pela informação recebida e pelas percepções do meio em que vivemos, em conjunto com nossas crenças e valores morais. Essa divulgação não se restringe ao acompanhamento noticioso da atualidade do dia-a-dia, mas compromete-se com o que está nas bases do processo de sua construção como jornal e que, sem dúvida, alicerça o seu futuro.

O jornal deve percorrer, ou criar, novos caminhos: em vez da mão única que transporta as decisões do poder até o povo, optar pela via preferencial que leva a voz do povo até os ouvidos do poder.

O jornal serve tanto para fazer poder quanto para poder fazer.

Nestes 10 anos de existência todos nós acompanhamos a evolução do jornal “ O Trombone”, a imposição de novas posturas para acompanhar na formação cultural e no desenvolvimento social, comercial, educacional e estrutural de toda sociedade Santamarense, nos brindando com jornalismo sério, competente e uma linha editorial independente.

Pois se a construção da sociedade, como a queremos hoje e como a pretendemos amanhã, tem repouso nos pilares da democracia, esta, por sua vez, se estruturou em colunas igualmente resistentes: as colunas dos jornais.

Qualquer que seja o papel do jornal “ O Trombone” ele é importante para Santo Amaro.

Mais uma vez parabenizo o jornal “O Trombone” por todos os predicados, principalmente pela honestidade e credibilidade de suas informações, e a todos os membros de sua equipe, particularmente ao seu fundador – ALOÍSIO LAGO, e aos que tornaram o jornal uma realidade.

José Edvard Moraes
A história se repete. Um ano termina, um novo surge e então podemos avaliar o que fizemos e voltado para quem.

A cidade continua a mesma, com os mes mos defeitos e equívocos administrativos. A expectativa de mudanças, foi vã. A frustração dominou o sentimento dos santamarenses esperançosos em dias melhores para a população, sobrema-neira para a juventude.

O que se esperava da atual administração era uma mudança completa de comportanto, qual nada! Nos diversos segmentos da administração, alguns melhoraram, outros pioraram, não houve alteração na concepção de administrar, por exemplo, a educação, pilar central na construção de uma sociedade civili-zada e preocupada com o seu destino. Então, pergunta-se: o que de concreto mudou nesse campo? É verdade, sim, os prédios escolares estão limpos (no seu exterior e bem pintados), a merenda escolar continua com os mesmos defeitos de todas as gestões passadas, ademais, não é pela barriga que o conheci-mento entra, embora reconheçamos que a alimentação é importante para um bom desempenho cerebral. Quem não se recorda que até a década de 60, mais ou menos, não existia merenda escolar? Nem por isso o rendimento escolar, do aluno era fraco, afirmamos que em rela-ção ao atual era infinitamente superior, antes era orgulho, hoje é tristeza, na rede pública de ensino a que abriga o maior contingente nacional.

O que fez o até então o Prefeito Ricardo Machado nesse setor? Vejamos: pintou e repintou todos os prédios escolares, gastando uma fortuna. Disse ter reformado vários prédios e o que se sabe é que o Prédio Escolar do Jericó, depois de totalmente reformado, com telhado novo, esse desabou. A Escola Prado Valadares foi jogada ao chão em pleno funcionamento do ano letivo, deixando as crianças expostas a acidentes, com as suas trans-ferências para o imóvel do SESI. A Escola Dulce Gentil de Castro, na Caeira, foi demolida e está jogada ao vento até hoje. Os seus alunos, amontoados, estudam? em uma saleta e uma cozinha improvisada, numa casa alugada no mesmo bairro. Os professores da rede municipal continuam sem treinamento.

Você pensa que foi diferente com a saúde?

Foi não! A mesma preocupação, pintar e derrubar. O Posto Médico do Acupe, foi jogado ao chão, para no mesmo local ser construido um hospital. Recentemente no Trapiche de Baixo, o PSF estava fechado e em vários o atendimento vem sendo questionado pelos usuários. A movimentação de pacientes para Salvador, São Francisco do Conde é enorme e a população carente amarga na Central de Regulação. O município continua gastando uma fabula para um péssimo serviço prestado pela prefeitura. Tudo continua da mesma forma aos sábados, domingos, feriados e dias santificados. O volume de recursos que tem entrado para município é enorme e todos se perguntam: o que é feito com tanto dinheiro e ninguém sabe o que respon der. Objetivamente nada mudou. A falta de assistência médica aos domingos, em todas as especialidades, principalmente para os que são do Sistema Único de Saúde, é a marca registrada de Santo Amaro e também dessa administração. Os hospitais da cidade funcionam de forma precária e a Santa Casa de Misericórdia passa por um dos seus piores momentos. Do jeito que as coisas vão, não vai haver salvador da pátria. Quem paga? O povo;

Falta planejamento, por isso nada dá certo

Quem acompanhar as obras e serviços feitos na cidade, se horroriza com as faltas de critérios, prioridades. Como já se viu um município pobre se dar ao luxo de da noite para o dia destruir a Praça da Purificação para construir uma outra, com um custo elevado, deixando de lado por exemplo a Feira Livre? O investimento feito nessa praça solucionaria de forma definitiva a sua dessarumação, a falta de higiene na comercialização de produtos e gêneros alimentícios entre cachorros, baratas e ratos. Outra maluquice foi o desmantelamento total da Praça do Riachuelo, que há mais ou menos três anos foi remodelada pelo poder público com um gasto entre 300 e 400 mil reais. A obra está parada. O que que é isso senão ausência de planejamen to. Querem mais? A Praça dos Ex-Combetentes, no Sacramento também foi demolida. Será que as derrubadas das Praças são as prioridades de Ricardo Macha do? E o que vocês me dizem de faz e refaz trechos de calçamentos pela cidade? Observem, somente em frente a Igreja do Rosário, - não vamos dizer porque não vão acreditar - foi um sem número de vezes, de jogar cimento fora em nome do povo. Tem planejamento? Não!

Câmara Municipal de Vereadores de Santo Amaro

MEMORIAL EDITH DO PRATO ATRAIU MUITOS TURISTAS NA FESTA DA PURIFICAÇÃ

A Câmara Municipal de Vereadores alterou o horário de funcionamento do Memorial Edith do Prato, durante os festejos em louvor à Nossa Senhora da Purificação, o que possibilitou aos turistas de diversas partes do Brasil e do mundo que aportaram por aqui nesta época do ano, oferecendo um atrativo a mais nas noites de festa da cidade .Do dia 23 janeiro a 02 de fevereiro o espaço cultural da Câmara de Vereadores não funcionou pela manhã, e abriu suas portas das 16h às 21h, registrando durante esse período um fluxo de visitantes bastante significativo. Dentro do calendário dos festejos da Purificação, houve ainda, no Memorial, no dia 26 de janeiro, às 17h, o lançamento do livro Santo Antônio e outros cantos... do escritor e compositor J. Veloso, evento badalado que contou com a presença de muitos amigos e convidados da família Veloso .O Memorial Edith do Prato foi inaugurado em junho do ano passado e rapidamente tornou-se um dos maiores pontos de visitação da cidade, registrando uma freqüência mensal de cerca de 400 pessoas. No próximo mês de março o Memorial deverá acolher uma exposição temporária de documentos históricos de Santo Amaro.
A Câmara de Vereadores de Santo Amaro, Lídima representante da vontade soberana do seu Povo, faz constar na Ata dos Trabalhos da presente Sessão, VOTOS CONGRATULAÇÕES e APLAUSOS com a professora MARCELA M. JOSÉ DA SILVA, Coordenadora do grupo de Trabalho de Serviço Social na Educação; pelo brilhante trabalho desenvolvido com a classe estudantil e comunidade santoamarense, no sentido de inserir valoroso serviço social na rede municipal de ensino como forma de combater desigualdades sociais na cidade de Santo Amaro.

De igual modo, mister se faz estender os votos de Aplausos à reitoria da UFRB pelo apoio dispensado ao projeto, cuja meta é transformar a região do Recôncavo em pioneira no serviço de excelência, na área de Assistência Social.

É oportuno registrar também, que hoje o Município de Santo Amaro começa a formar excepcionais profissionais da Assistência Social, falta que resultará em breve na produção de mão de obra qualificada, a qual, por questão de justiça, respeito e necessidade do Poder Público deverá ser absolvida pelo Governo Municipal.

Dê-se ciência da presente MOÇÃO ao homenageado, Universidade Federal

Recôncavo Baiano — UFRB, ao Secretárío de Educação do Município e ao Prefeito Municipal e ao Jornal O Trombone.

Santo Arnaro, 06 de Dezembro de 201O

Autor: Edson Antônio de Souza Pinto

Veadores
Artur Pereira Suzart Neto
Eduardo Antônio Almeida de Freitas
Elias Pereira Neto
Jair Oliveira de Santana
José Carlos Rocha Lima
Júlio Cesar de Jesus Pinho
Luciano dos Reis Caldas
Raimundo Jorge Pereira de Matos
Valmir de Figueiredo

A Câmara em ação

A Câmara de Vereadores , representante legítima do povo de Santo Amaro, nesse 2 de fevereiro, dia consagrado a sua Padroeira, Nossa Senhora da Purificação, quando os santamarenses se reúnem para festejar a sua data magna, na Igreja Católica, se junta aos seus irmãos, para pedir à Virgem Mãe de Deus, proteção e luz nas suas decisões, sempre voltadas para os mais altos interesses da população santama-rense .


Na metade dos seus mandatos legislativos, os vereadores de Santo Amaro caminharam sempre na direção dos anseios da população, procurando participar das alegrias de todos, e também esteve presente nos momentos de dificuldades, lado a lado, na busca das soluções possíveis. Por isso, em nome de todos do Poder Legislativo Santamarense, Eduardo Antônio Almeida de Freitas

Elias Pereira Neto, Jair Oliveira de Santana, José Carlos Rocha Lima, Júlio Cesar de Jesus Pinho, Luciano dos Reis Caldas, Raimundo Jorge Pereira de Matos, Valmir de Figueiredo, e dos nossos funcionários, saúdo a todos, pedindo paz, proteção e progresso para toda a comunidade Santamarense,

Santo Amaro, 2 de fevereiro de 2011

Artur Pereira Suzart Neto - Presidente

O Trombone - 10 anos com a verdade

Vivas ao Padroeiro Senhor Santo Amaro

15 de janeiro, Santo Amaro reverenciou o seu Padroeiro, concluído o novenário em seu louvor. A cada ano percebe-se uma maior participação de católicos em torno do seu patrono. Com as chegadas de Pe. Rogério (Rosário) e Mons. Walter (Purificação), os rebanhos cresceram e estão mais participativos nos atos religiosos da cidade, com crescimento visível nos atos litúrgicos que ambos promovem, dentro de um calendário definido pela Santa Sé.

A juventude da Paróquia do Rosário tem participado ainda que timidamente de todos os atos religiosos que demonstram o acerto dos pastores de Deus na condução da sua tropa. O novenário foi um sucesso, a procissão transcorreu dentro do esperado e a finalização das homenagens ao protetor dos santamarenses, foi abençoada pelo Criador. Aos poucos, a reverência ao Senhor Santo Amaro vai readquirindo a sua história e ganhando importância e significação nos calendários da cidade e da Igreja.

Percorrendo grande parte da paróquia do Rosário, a imagem do Santo Padroeiro, emo-cionou aos fiéis que aproveitaram esse momento ímpar para renovar as suas crenças religiosas, prestigiar o pároco responsável pela festa que contou com a participação dos santamarenses que se sentiram honrados em patrocinar as noites do novenário. Destaque-se o empenho do Pe. Rogério em conclamar os jovens e comprometê-los com as atividades da Igreja, destacando-se a juventude do Derba com participação destacada nas comemorações natalinas. A força da juventude, vem entendo Pe. Rogério e de suma importância para o seu trabalho de evangelização e conscientização.

EDITORIAL

Tudo pode mudar

Não é preciso um vendaval; um vento, é mais do que suficiente para modificar parcial ou por inteiro, um cenário qualquer, transformando-o numa outra coisa, a mais imprevisível. Quando se muda, conscientemente ou não, não se sabe se o resultado vai ficar de acordo com a vontade do dono. Muitas vezes espera-se um resultado e no final dá outro. Imagine em se tratando de coisas subjetivas, como o comportamento.

O homem é observado em seu próprio ambiente, daí se concluir que as suas ações e reações lhe dão um grau maior ou menor no seu comportamento, levando-se sempre em consideração as circunstâncias que o encerra.

Apesar da protelação no julgamento das Contas (são duas) do ex-gestor João Melo, 2007/2008, por parte da Câmara de Vereadores, que concordará ou não com os Pareceres Prévios do TCM, as coisas já se modificaram, senão, as recomenda-ções dos Conselheiros do TCM, já teriam sido apreciadas e o réu (João Melo) já teria recebido o diploma de administrador ilibado, preocupado na boa aplicação do dinheiro público, e grande executor de obras, sem deixar de considerar o seu empenho com a ética na política.

A sociedade santamarense já se manifesta, timidamente, e dá sinais de que não mais vai tolerar que a indignidade se sobreponha aos valores éticos e morais, e por conseguinte vai banir da vida pública todos aqueles que pratiquem ou deixem praticar ignomínias em seu nome. O tempo mostrará o acerto dessa afirmativa, é só ter paciência.

Não se quer crucificar ninguém, o que se quer é que os senhores vereadores sejam suficientemente capazes para examinar os delitos apontados nos Pareceres TCM e com isenção julgar, colocando a consciência a serviço dos seus eleitores e de toda a sociedade, absolvendo ou condenando, um contumaz servidor público, sempre rejeitado na hora da prestação de contas do dinheiro público. Que sejam os senhores vereadores capazes de declinar o voto e não ficarem escondidos na incompreensível lei que determina votação secreta para esses casos, e que se agigantem (como pede João Melo), e promovam o início do saneamento político de Santo Amaro, uma necessidade mais do que urgente, para a retomada da sua vida política, outrora verdejante, hoje, no obscurantismo, enxergando apenas o próprio umbigo, enquanto a massa busca através dos edis, uma perspectiva de vida, que não seja apenas a de referendar nas eleições, nomes que não têm compromisso com a decência, a moralidade e a dignidade.

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SANTO AMARO - BA

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE SANTO AMARO - BA
AV. VIANA BANDEIRA , Nº 118 –CENTRO - CNPJ: 15.892.557/0001-51

Cod. Sindical: 002.080.86817-3

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO – CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

SENHORES CONTRIBUINTES:

DISPOE O ART.579 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS :

ARTIGO 579.- A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL é devida por todos aqueles que participarem de uma categoria econômica ou profissional,ou de uma profissão liberal,em favor do SINDICATO representativo de uma categoria ou profissão,em conformidade do dispositivo no Artigo 591 da CLT.

Pelo presente EDITAL ficam NOTIFICADAS todas as EMPRESAS, de qualquer porte econômico que exerçam atividades definidas na categoria econômica dos lojistas e do COMÉRCIO VAREJISTA DE BENS E SERVIÇOS estabelecidas em SANTO AMARO, BAHIA, para o fiel cumprimento das obrigações legais, dá-se ciência as empresas assim enquadradas, ficam NOTIFICADAS que deverão pagar a CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, referente ao exercício de 2011, até o dia 31 de janeiro de 2011, preferencialmente nas agências da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, na rede de Lojas LOTÉRICAS ou em qualquer ESTABELECIMENTO BANCÁRIO, integrante do sistema de arrecadação dos TRIBUTOS FEDERAIS, a falta de pagamento desta CONTRIBUICÃO SINDICAL,

Implicará nas penalidades do Art. 600 da CLT e também com a NOTATECNICA/SRT/MTE Nº 202/2009 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO DA EXIBILILIDADE PARA A CONCESSÃO DE ALVARÁDE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO EM GERAL DO SETOR ECONÔMICO OU PROFISSIONAL OU AINDA EM SUAS RENOVAÇÕES , SERÁ EXIGIDA POR PARTE DO PODER PÚBLICO CONCEDENTE A PROVA DE QUITAÇÃO DO RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL,

Cabendo que a regularidade dos pagamentos será fiscalizado, diretamente pela DELEGACIAREGIONAL DO TRABALHO-DRT/BA. Somente o recolhimento de forma correta permitirá o funcionamento de sua empresa, contribuindo com isso, para a manutenção do SISTEMA CONFEDERATIVO DE REPRESENTAÇÃO SINDICAL DO COMÉRCIO. Santo Amaro 15 de Janeiro de 2011.

ANTONIO MÁRIO ALMEIDA DOS REIS – PRESIDENTE

Pragmatismo

Não há verdade alguma, além das úteis! Qualidade principal de sociedades banais
Viver entre o burgo belo, formoso e atraente
Entre lábios carnudos e a podridão dos dentes.
Momentos tristes se tornam hilários
Humor negro, denegrindo almas de marfim.
Contar... Cores e notas mudas na falência adornada
Desta senzala com seus escravos acéfalo-felizes,
Dessa política suja como o chicote dos seus algozes.
Isso não é pragmatismo ou pessimismo e sim o realismo
Festejemos os cadáveres por suas pupilas dilatadas
Coloquemos oferendas aos nossos deuses,
Continuemos a acolher estes desbravadores rastaqueras
E ao apagar das luzes ao em vez de gratidão
Colecionaremos moedas.

Lifeson Padilha
http://lifesonpadilha.blogspot.com/

Um desejo

Um desejo em minha mente cria Neste ano que inicia:
A vida é uma batalha
Que haveremos de vencer
E, como prêmio uma medalha
De ouro, prata, bronze...
A quem assim merecer
Neste dois mil e onze.
Nada de infortúnio ou desenganos
Para todos os seres humanos
Que na terra os vejo...
Este é o meu desejo.
Lutem com afinco e coragem
E sigam nessa viagem
Na estrada da vida...
E essa batalha será vencida
Cujo prêmio, com louvor
Será muita paz, muito amor.

José Serra de Queiroz
Vivas
10 anos, sim, 10 anos!

Nesse dia 2 de fevereiro estamos comemorando 10 anos de circu-lação. Devemos a você esse feito. Sem a sua a ajuda e partici-pação esse projeto não existiria, por isso, somos gratos por estar-mos, agora, diante de você, re-novando o nosso compromisso de perseguir sempre a verdade, nosso guia e farol.

Artur Prefeito

Valmir Figueiredo diz ter encontrado a fórmula e o caminho para a redenção política, social e econômica para Santo Amaro. Um projeto a ser defendido por todos os santamarenses e no tôpo alguém que goze da simpatia e do respeito de todos. E quem é esse alguém? Para Valmir, no momento atual, diante das crises de confiança e respeito, tem que se buscar uma pessoa que encarne o projeto e tenha por Santo Amaro amor e compromisso. Na solenidade de recondução de Artur à Presidência da Câmara, Valmir testou e ficou convencido de que ele (Artur) é o nome indicado para suceder Ricardo em 2012, pois, goza da confiança e do respeito de todos os seus pares, tanto é verdade, diz, que foi reeleito pela unanimidade da Casa. Posta a candidatura, todos os vereadores (09) demonstraram simpatia, mesmo se sabendo que entre esses, dois nomes são também prefeituráveis: Zé Carlos Rocha Lima e Binho 70.000. Artur, claro, ficou entusiasmando com o lançamento do seu nome à sucessão municipal e Valmir conquistou o mérito de ser o principal articulador nesse processo sucessório que agora está lançado. Artur é candidatíssimo à prefeito. Se vingar a proposta, é um nome forte para concorrer ao cargo de Prefeito. Artur, com 3 mandatos, conhece os problemas da cidade e tem uma característica muito forte: é leal com os parceiros, cumpre com os compromissos assumidos e não enrola.

Pedido de CPI

Sr. Presidente da Câmara de Vereadores

Os VEREADORES que esta subscrevem, imbuídos no propósito maior de fiscalizar os atos do Poder Executivo, vêm, na forma do art. 60, da LOM, combinado com o art. 80, do Regimento Interno, requerer a V. Excia. a constituição de uma COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO — CPI das LICITAÇÕES, para apurar irregularidades apontadas no Parecer Prévio n.° 1001/2010, do Egrégio Tribunal de Contas dos Municípios, referente à contratação de obras públicas no Município, tendo como Credor a Empresa Oliveira Santana Construções LTDA, no valor de R$ 2.490.567,47; sem o devido processo licitatório, conforme Nota de Empenho n.° 391/2009, haja vista, que o próprio TCM, salienta a necessidade de Auditoria na Prefeitura de Santo Amaro.

Definido o fato a ser apurado, requerem os subscritores que a citada Comissão de Inquérito seja composta por 03 (três) membros da Câmara e funcione na forma da lei com o prazo de 30 (trinta) dias, para conclusão dos trabalhos.

Segue em anexo, cópia do Parecer Prévio n.° 1001/2010, do TCM, cuja infração considerada improbidade administrativa, em decorrência da malversação dos recursos municipais será apurada pelo Ministério Público e o crime de responsabilidade pela isenta Câmara Municipal.

Nestes termos,
Pede Deferimento.
20 de dezembro de 2010
Valmir de Figueiredo
Raimundo Jorge de Matos
José Carlos Rocha Lima
Eduardo Freitas

A liberdade de Imprensa e o fenômeno midiático

Advogados

Gustavo Peixoto, Gustavo Ribeiro e Diego Fráguas
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Telefone: 75 - 3241-6957
 
 
 



Antes de abordar a questão da liberdade de imprensa, não podemos prescindir de prestar nossa singela homenagem a esse jornal, que, de brava maneira, vem, quase que isoladamente, por muito tempo, cumprindo seu fiel papel de instrumento de comunicação, sem apego aos sensacionalismos, seguindo sempre uma abordagem escorreita e comprometida com o dinamismo social de nossa cidade. É dessa forma que desejamos feliz aniversário ao Trombone pelos 10 anos de lançamento de sua primeira edição, oportunidade em que parabenizamos, também (e por que não?), o seu editor-chefe, o Sr. Aloísio Lago, pelo esforço despojado na construção de uma marca dotada de seriedade e compromisso social.

Ao falar da liberdade de imprensa, em que pese, uma garantia constitucional, é mister, primeiramente, não olvidar para o seu significado. Pode-se afirmar que a imprensa nada mais é do que o conjunto de veículos de comunicação informativa, se opondo aos meios de comunicação com atribuições meramente propagandistas ou de entretenimento.

No Brasil, o surgimento da imprensa se dá junto ao episódio da chegada da família real ao país em 1808, oportunidade em que o príncipe-regente Dom João, cria a Impressão Régia, atual Imprensa Nacional. Até então, era proibido qualquer tipo de publicação feita na colônia, o que, aliás, se apresentava como uma peculiaridade da América Portuguesa. E é assim que vem sendo o a história da imprensa no Brasil, que vive momentos de extrema liberdade, intercalados por tempos de impiedosa censura.

A própria Imprensa Régia era submetida à chamada censura prévia, quando uma comissão formada por três pessoas, era escolhida para o desiderato de fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo e os bons costumes. Mas o momento de maior repressão sofrido pela imprensa no Brasil foi justamente a Ditadura Militar, na qual, não apenas a imprensa, mas toda manifestação contrária ao regime militar, inclusive artística, era reprimida, censurada.

Hodiernamente, a imprensa vive o auge de sua liberdade no Brasil, chegando a ser apontada por alguns críticos como o 4° poder. Vestidos de uma armadura na qual se borda o art. 220 da Constituição Federal de 1988, muitos jornalistas seguem ferrenhamente o modelo de imprensa marrom, indo além do que se espera de sua função, transformando o dia-a-dia da população brasileira num picadeiro, no qual eles apontam quem são os palhaços e manuseiam os malabares como bem entendem. Isso se dá devido à aparição do chamado espetáculo midiático, fenômeno que surge disfarçado de jornalismo com o exclusivo animus de atender aos interesses comerciais daqueles que detêm os principais meios de comunicação. Essa forma de “jornalismo” tende a escolher fatos tidos como bombásticos, nos quais pessoas são tratadas como personagens de uma trama de terror e os seus sentimentos são usados como o ingrediente principal de uma narrativa novelística. Tudo isso gera muita audiência, mas não se deve esquecer que também interfere de forma incisiva na vida dos envolvidos, podendo torna-se o principal móvel de grandes injustiças. Estaria, essa liberdade, cumprindo o fim para o qual foi criada?

Um grande exemplo nacional do fenômeno midiático foi a cobertura do Caso Nardoni. A disputa de audiência entre duas das principais emissoras da TV brasileira fez com que o caso se transformasse num verdadeiro reality show, com câmeras direcionadas não só para os sujeitos do crime, mas também para suas famílias. Foi montada uma arena onde de um lado se posicionavam os vilões, o casal Nardoni, suas famílias e seus advogados, e do outro lado uma “liga da justiça”, composta pela mídia, pela Polícia, pelo Ministério Público e pela parte materna da família da menina Isabela Nardoni. As linhas de ataque do lado “mocinho” desse filme se baseavam em permissões dadas pela Polícia para que a mídia participasse de uma fase sigilosa da persecução penal, que é o Inquérito Policial; declarações do Promotor de Justiça acentuadas pela pretensão de tornar-se o novo herói da nação; e entrevistas com a mãe da vítima mostrando todo o sofrimento pelo qual passou e todas as outras angustias vindouras. Em um cenário como esse não há espaço para contraditório. Apenas um lado pode atacar, o que se reveste de uma demasiada covardia. Até um respeitável intelectual brasileiro, jornalista e cineasta, posou de super-herói em uma crônica lida por ele mesmo no telejornal de maior audiência da madrugada da TV brasileira, momento em que colocou em debate o direito de defesa do casal, tentando fazer com que a população se insurgisse contra uma das maiores conquistas do Direito Penal de todos os povos.

É de se notar que o fenômeno midiático tem como público alvo as classes mais baixas da população, uma vez que outros segmentos sociais já migraram para meios de comunicação mais fidedignos, como a TV a Cabo e a Internet. Essa é a estratégia de programas “indigestos” que curiosamente são apresentados no horário do almoço. Eles tentam fazer das suas apresentações um espelho da vida cotidiana das classes de menor renda, apelando para o ferimento da dignidade das pessoas. É comum ver nesses programas os repórteres em plena Delegacia humilhando suspeitos recém capturados por agentes policiais. Eles fazem piadas, ameaçam e muitas vezes antecipam o trabalho do Delegado, interrogando ali mesmo, ao vivo, os supostos criminosos. Não respeitam a presunção de inocência que todo cidadão tem até sentença condenatória transitada em julgado. Ninguém pode ser obrigado a passar por isso. Não há no Código Penal nenhuma pena que submeta um criminoso a ser humilhado sob os olhos de milhões de telespectadores.

Por isso, todos devem ter em mente que o exercício concreto da liberdade de expressão assegura, ao jornalista, o direito de expender crítica, ainda que desfavorável e em tom contundente, contudo, ressalte-se, de modo responsável, sem denegrir e humilhar o próximo.

A liberdade de expressão pela imprensa, ainda que tenha como premissas o Estado Democrático de Direito, o pluralismo político, interesse público, social e político, deve respeitar o princípio da dignidade da pessoa humana, em todos os seus aspectos, inclusive a imagem, a honra e a vida íntima de qualquer cidadão, com respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Como corolário do direito de liberdade de expressão, a liberdade de imprensa é direito fundamental garantido e tutelado em sede constitucional, e dentre outras prerrogativas relevantes que lhe são inerentes, tem: (a) o direito de informar, (b) o direito de buscar a informação, (c) o direito de opinar e (d) o direito de criticar.

Esse direito de crítica é inerente à livre manifestação da imprensa, contudo deve ser feito de forma responsável, proba, tendo em vista que tal direito fundamental, como qualquer outro, não se reveste de caráter absoluto, isto é, deve estar em equilíbrio e harmonia com todo o sistema jurídico, respeitando os demais direitos fundamentais. Nunca deve ser considerado, a priori, como um “direito de maior valor” do que outro, mas sempre da análise do fato concreto, caso a caso.

Ressalte-se, não se quer falar em censura! O que se aventar, são os limites aos abusos cometidos pelos veículos de informação que se autodenominam imprensa. O que se debate aqui, é o papel da imprensa responsável, comprometida em informar e não em vender.

Assim, desde a declaração de inconstitucionalidade da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal, não há no país qualquer tipo de regulamentação da atividade da imprensa. Seria a hora de repensar essa liberdade? Uma nova lei poderia prorrogar essa garantia e ao mesmo tempo dar um freio nessa série de abusos? Ficamos com a célebre frase de Lacordaire – “Entre o forte e o fraco, a liberdade escraviza e a lei liberta”.