quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EDITORIAL

Tudo pode mudar

Não é preciso um vendaval; um vento, é mais do que suficiente para modificar parcial ou por inteiro, um cenário qualquer, transformando-o numa outra coisa, a mais imprevisível. Quando se muda, conscientemente ou não, não se sabe se o resultado vai ficar de acordo com a vontade do dono. Muitas vezes espera-se um resultado e no final dá outro. Imagine em se tratando de coisas subjetivas, como o comportamento.

O homem é observado em seu próprio ambiente, daí se concluir que as suas ações e reações lhe dão um grau maior ou menor no seu comportamento, levando-se sempre em consideração as circunstâncias que o encerra.

Apesar da protelação no julgamento das Contas (são duas) do ex-gestor João Melo, 2007/2008, por parte da Câmara de Vereadores, que concordará ou não com os Pareceres Prévios do TCM, as coisas já se modificaram, senão, as recomenda-ções dos Conselheiros do TCM, já teriam sido apreciadas e o réu (João Melo) já teria recebido o diploma de administrador ilibado, preocupado na boa aplicação do dinheiro público, e grande executor de obras, sem deixar de considerar o seu empenho com a ética na política.

A sociedade santamarense já se manifesta, timidamente, e dá sinais de que não mais vai tolerar que a indignidade se sobreponha aos valores éticos e morais, e por conseguinte vai banir da vida pública todos aqueles que pratiquem ou deixem praticar ignomínias em seu nome. O tempo mostrará o acerto dessa afirmativa, é só ter paciência.

Não se quer crucificar ninguém, o que se quer é que os senhores vereadores sejam suficientemente capazes para examinar os delitos apontados nos Pareceres TCM e com isenção julgar, colocando a consciência a serviço dos seus eleitores e de toda a sociedade, absolvendo ou condenando, um contumaz servidor público, sempre rejeitado na hora da prestação de contas do dinheiro público. Que sejam os senhores vereadores capazes de declinar o voto e não ficarem escondidos na incompreensível lei que determina votação secreta para esses casos, e que se agigantem (como pede João Melo), e promovam o início do saneamento político de Santo Amaro, uma necessidade mais do que urgente, para a retomada da sua vida política, outrora verdejante, hoje, no obscurantismo, enxergando apenas o próprio umbigo, enquanto a massa busca através dos edis, uma perspectiva de vida, que não seja apenas a de referendar nas eleições, nomes que não têm compromisso com a decência, a moralidade e a dignidade.

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