segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Amália Patrícia


Politicamente #eusougay 
Certo dia num dos meus dialogos me afirmei com orientação sexual transitória e fui repreendida por algumas pessoas, pois esse meu poscionamento teria causado escandalo. Apesar de nunca ter me relacionado afetivamente com outra mulher e "ainda" não me sentir sexualmente atraída pelo sexo espelho, continuarei afrimando que sou uma pessoa transitória, isso é politico. Como assim? Se afirmar como uma orientação que não é a sua e isso ser politica? É sim caras pessoas, minhas bandeiras são todas fincadas para a promoção da equidade, todas temos direitos de deixarmos de ser preconceituosas, por isso devemos tirar da invisibilidade certos assuntos, inclusive a questão da orientação sexual, que insterseccionam com outras dimensões como gênero, raça, classe e religiosidade. "Os armários são todos transparentes", porem sufocantes! É inadimissivel pensar que ainda estabelecemos privilégios para quem tenta se encaixar no padrão, minha profª Janja sempre nos diz que o patrão é o diabo. Como uma cidade hegemonicamente de população negra, mulheres, baixa renda e com uma comunidade LGBT participante (mesmo que nos eventos festivos) tenta calar as vozes dessas pessoas, deixam de fora dos ambientes educacionais o dialogo, repelem o que é diverso, o que foge do normativo estabelecido pela hegemonia branca, masculina e de classe alta, pois o que se estabelece é a violência na liberdade das pessoas de serem o que desejam ser sem ferir a ninguem.
Ando sentindo o sexismo, racismo e homofobia institucional doer no meu lombo de mulher negra libertária, muitas pessoas já mencionaram de como meus textos remetem a minha loucura. Desde quando defender um mundo mais justo seria loucura? Será que loucura não seria educadores violentando educandos pela sua orientação sexual, cor e segmento religioso? Será que loucura seria assistir as arbitrariedades que atacam o Estado Democratico sem denunciar? Será que seria loucura vários cientistas sociais, psicologos, promotores publicos, juízes, educadores elaborarem por ano uma cartilha de enfrentamento a homofobia e esta ser alvo de retaliações e pressões a ponto da presidenta retroceder ao que ela ajudou a construir? Se isso tudo for normalidade, melhor ser louca e respeitar o caminho das pessoas.
Então leitores, vai mais uma loucura libertária aí, politicamente sou gay, defendo o que as leis constituídas protegem por ser direito e fato, amo as politicas de reparação e sou solidária a essas causas e mando um beijo e a minha solidáriedade à todas as lesbicas e aos homossexuais da minha cidade e digo que quando forem violentadas podem me procurar, é meu dever enquanto gestora em Gênero e Raça do municipio de Santo Amaro, como Estudante do Bacharelado de Gênero e Diversidade e cidadã que sou, defender a integridade moral, fisica de todas que se mostram e querem construir um espaço social muito mais colorido e equanime.
P.S: detesto ambientes monocromaticos, acho cafona e nada sugeStivo, com enfase no S!

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