quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sidney

Acupe dividido: Derruba. Não derruba.










Gato escaldado, de água fria tem medo.



Estivemos no Acupe, ouvimos pessoas da comunidade e procuramos conhecer o que pensa os acupenses, em relação ao governo Ricardo Machado e as suas pretensões em jogar no chão o Colégio Municipal, ex-Cenec, construído com sangue e lágrimas dos seus moradores. Foi o primeiro ginásio da redondeza, e até mesmo vizinhos da Itapema e da Saubara, passaram a frequentar as salas de aula desse estabelecimento de ensi-no. O apego que cada acupense tem com esse ginásio (foto do meio, acima) é uma coisa séria. Lembram ainda, que no governo de Manoel Marques, foi que conseguiram a doação do terreno para a edificação do colégio, e que por muitos meses, as necessidades fisiológicas de professores, alunos e de funcionários, eram satisfeitas em sanitários construídos ao ar livre, com talas de coqueiro. Por tudo isso, muitos não admitem sequer pensar na ideia da sua demolição. Outros, não estão preocupados com a história do colégio e não veem porque não se demolir, para ceder lugar ao moderno, o que o prefeito mais gosta. Tem aqueles que buscam uma solução intermediária e sugerem que se comece a construção do novo estabelecimento, pela quadra de esportes, existente no interior da escola, para que não haja so-lução de continuidade e que os alunos venham a ser prejudicados com o an-damento das obras e os possíveis atrasos na execução do projeto. Tem os mais céticos, os que não acreditam nas promes-sas do Prefeito Ricardo, que já enrolou o pessoal do Acupe, com a irresponsável demolição do Posto de Saúde local, para dar lugar ao Hospital do Distrito do Acupe, há mais de ano, sem que uma pedra tivesse sido colocada, nem mes-mo a pedra fundamental. Agora, tem os que não querem nenhum tipo de acordo com o prefeito, e a motivação é a com-provação do seu total despreparo para administrar a coisa pública, que pressupõe aplicar os parcos recursos financeiros, com equilíbrio, seriedade e honestidade. Pelo que se viu no Acupe, o Prefeito Ricardo não goza de nenhuma credibilidade para tantos outros que não cansam em olhar para o local onde, por muitos e muitos anos serviu à população local, hoje, demolido, e sem perspectiva nenhuma da construção do que a placa (primeira foto a esquerda) indica: Construção do Hospital do Distrito do ..., já deteriorada pelo tem-po. Como então acreditar nesse ho-mem? Os que assim pensam, estão dis-postos enfrentar qualquer situação para a manutenção, em pé, do colégio.
Quando da sua primeira investida para a demolição do colégio (audiência com os moradores), a receptividade não foi nada boa. Uns dizem que foi, outros dizem que não foi vaiado, apenas alguns ex-cabos eleitorais, se manifestaram protestando contra a presença do alcaide, já denominado por uns, o Nero san-tamarense e por outros o Exterminador do Futuro 3, haja vista a sua ensandecida determinação de derrubar tudo à sua frente, para construir de novo, como se fosse um boneco feio à sua frente, corta esse e faz um mais bonitinho.

Escola totalmente climatizada, modelo.



O iminente e falecido Prado Valadares deve a essa altura do campeonato, estar estarrecido com o que vem acontecendo na escola que leva o seu nome. Num es-tardalhaço fora do comum, o Prefeito Ricardo, convidou toda a população pa-ra assistir o ato de «inauguraçã», da Escola Prado Valadares, localizada no Trapiche de Baixo. Escola Modelo, totalmente climatizada e por ai foi. A grande novidade é que a climatização é feita com os recursos da natureza e a prefeitura não precisou fazer altos investimentos, simplesmente, as janelas são abertas, mais de 40, apenas protegidas por grades de ferro (foto ao lado). A ventilação é perfeita, o vento que entra por cada janela, mais de duas em cada sala de aula, não permite que os alunos fiquem expostos ao calor, salvo, quando o sol penetra, aí a sala esquenta e muito, e a luminosidade interfere diretamente nas vistas de alunos e professores, refletindo na lousa, para dar um brilho diferente. Quando chove, a chuva inva-de as salas e é aconselhável que professores e alunos levem guarda-chuvas.
Tem mais novidade nesse novo modelo de escola. A poeira produzida na rua, quando venta, invade a sala de aula e os alunos precisam estar prontos para colocarem os equipamentos: óculos e máscaras para  se protegerem. Se veículos trafegam produzindo zoada, a meninada rapidamente precisa usar protetor auricular, para não ensurdecerem.E se algum lixo ou animal estiver em decom-posição próximo à escola, ai não tem jeito, tem que mandar todo mundo embora. O mais grave nessa escola, e é bom que providências sejam adotadas imediatamente pelo prefeito Ricardo, são as denúncias produzidas pele Verea-dor Binho, que diz ter acompanhado a obra de construção do imóvel, e que o prédio não tem fundação adequada, especialmente por estar sobre terreno de manguezal. Que o prédio já tem rachaduras e que a laje balança mais que bambolê, quando crianças se movimentam sobre ela, além do normal. É necessário e urgente que se adote medidas corretivas para evitar um mal maior. Não se deve esperar que o dito popular vire realidade. Só não enxerga quem não quer ver ou, brasileiro só fecha a porta depois de roubado. Essa é a Escola Modelo Prado Valadares, imaginem a do Jericó!




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