quinta-feira, 5 de maio de 2011

A rueira, foi .... - se. Que pena!

Bom dia dona Luizinha! Deus lhe abençoe, meu filho! O dia está lindo, vou começar minhas visitas aos meus filhos. Primeiro vou a casa de Celma, depois vou ver o Ninho, depois as mi-nhas amigas para começar a perambulação pela cidade. Já deixei o café de Taci e dos meninos pronto e o almoço adiantado. Estou livre como um passarinho para fazer o que mais gosto: andar, andar e andar, sempre em boas companhias como a de Naná Pinto, proseira de primeira ordem e profunda conhecedora das coisas acontecidas, e uma profetiza nas em curso, para acontecerem. Subin-do e descendo pelas ruas da amada Santo Amaro, lembrava o velho Serafim com a sua: rua abaixo, rua acima, não vai não, gauribirou, não vai não, rua abaixo ...   
Fim de linha? Nada disso! Mãe de Men-dão, e de Helena, apenas partiu para o encontro com o Senhor e não vai perder a oportunidade para reencontrar-se com a filha Mirian. Não cremos que os seus familiares estejam entristecidos com essa partida, eles não são egoístas para quererem ser os donos absolutos da alegria que Dona Luizinha derramava por onde passava. As ruas, os becos e as vielas que todos os dias visitava, com passos curtos, mas rápidos, distribuía simpatia e vai deixar os seus moradores saudosos para terem perdido alguém que lhes amava. Esse alguém, também, botou Ninho no mundo que está a se lembrar das andanças da mãe, invaria-velmente levando nas maõs uma gos-tosa goluseima por ela preparada para os netos e um prato saboroso feito com muito esmero para ser provado por um dos seus querido filhos. Como um pas-sarinho, catava um por um dos filhos  e distribuía o que produzia, ou a natureza. A viagem que dona Luizinha empreen-deu, não tem volta, vai rodar, rodar e rodar por todo o universo, incansavel-mente, por isso a sua partida - não significou o fim de tudo, sim, o recome-ço da vida. Cumpriu o que Santo Anto-nio, seu padroeiro inseparável, lhe de-signou, amou e foi amada. Roque, Marivaldo, Toinho, Tarcílio e Eliana, vão celebrar em junho, com a pompa própria da cerimônia, a trezena do Santo casamenteiro, para reverenciá-la. Ninguém chora a alegria, por isso, dona Luizinha, não ficará triste e lá no alto, vestida num camisolão branco, vai andar por todas as nuvens, olhando, olhando, para baixo, cuidando e abençoando todos. Não vai ficar desamparada por tudo que aqui fez , ficará eternamente feliz, felicíssíma, 

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