quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Editorial - O atropêlo

Queiramos ou não, somos compelidos a entender que é fundamental caminhar lado a lado com o tempo, sob pena de sermos arremessados por ele contra as idéias de progresso, e entrarmos num processo de regressão, ao passado recente, que não nos orgulha.
Para não ficarmos na contra mão da história, o processo sucessório municipal, está instalado. É de bom alvitre examiná-lo desde agora, a fim de sentirmos como  está, como vai caminhar daqui para frente, distante dez meses e dias. Na grande reunião estarão os santamarenses habilitando suas consciências para modificar ou deixar tudo da mesma forma, na convocação democrática para a escolha do seu comandante político, (prefeito) legisladores e fiscalizadores do Poder Executivo (vereadores). Nesse conclave,  poder-se-á construir uma existência futura sólida . Nele residirá a força do povo através do voto secreto: o preto ou o branco, o pobre ou o rico, o intelectual ou o analfabeto (analfabeto mesmo), o homem ou a mulher, são iguais, quando têm acesso à cabine de votação: um voto;  do branco ou do preto..., que poderá definir a continuidade ou a mudança (real) com a perspectiva do estabelecimento de um novo marco na vida sofrida e sofrível desse município. Santo Amaro não merece desaparecer do mapa político do Brasil, é grandioso, tem um passado extraordinário, participativo na vida do país. Na geografia política municipal, como estamos? Divididos ou unidos em torno de um só objetivo? Solidários ou apartados nas convicções pessoais? Dispostos ou não a examinar, sem paixão, o que de bom foi realizado até então? Nada é feito sem que alguma coisa, boa, fique. Será que as convergências vão se sobrepor às divergências? Essas serão digeridas e  figurarão num plano de governo comum? O tempo vai responder a indagação! Concretamente, mais uma oportunidade  será dada aos eleitores brasileiros, em cada município, como se o fato o remetesse  às eleições municipais passadas (2008), para uma grande meditação,  oportunizando a correção de rumos. Somente as tintas do coração não são suficientes para que os olhos vejam o que a expectativa futura não apresenta e se distancia do homem, como o diabo corre da cruz. O erro é um ingrediente da receita da vida. E, quem não erra ou errou? A  continuidade é o caminho que dá menos voltas à chegada do esmorecimento e da apatia a tudo que diga respeito a um futuro venturoso. Não estamos num momento de luxos, de vaidades, de convicções equivocadas. Temos que assumir um compromisso com a cidade e dar de tudo para que possamos construir a cidade que os santamarenses querem, com respeito e dignidade de todos que vão pleitear o seu comando. O comandante será aquele que não vai ter pressa de pular do barco.

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