sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O QUE TRÁS UMA GUERRA

- Senhora, o que trás a guerra?
- Moço, homens brigando em vão se matam
deixando um mar de sangue,
corpos em lamas,
cobrindo campos e montanhas.
Muitos choram, outros no entanto se calam,
Mesmo sabendo o mal que ela trás,
eles não se entendem e
promovem as guerras
por muitas e muitas eras.
Trazendo dor, miséria, ambição e compaixão
mães choram seus filhos e maridos,
e os filhos clamam por um misero pão,
em um mundo onde tudo é só perdição.
Moço, aqueles que tem a guerra como solução,
são homens fracos, capachos, vis da civilização.
Que tira do irmão a vida sem permissão.
Moço, você que vem do lado de lá,
por aqui a coisa está feia, não posso lhe ajudar...
Siga sua estrada, sem nada reclamar.
Quem sabe se lá mais para frente.
O que o moço tanto procura,
o moço poderá encontrar...
Aqui moço, neste lúgubre lugar,
não há vidas nem lar.
O moço, com seus próprios olhos,
que um dia esta terra irá comer,
o moço pode vê,
o que o coração não sabe negar,
tome a sua estrada,
antes que o dia parta...
Porque a noite é traiçoeira...
o moço não vai poder caminhar.
O moço tem alguma coisa na algibeira?
Pisará em corpos e destroços
e outros tipos de coisas que não posso falar,
talvez o moço não saiba,
deixe eu melhor lhe explicar:
Quando por aqui também cheguei,
alguma coisa eu queria achar...
Era uma coisinha, pequenininha
tão miúda e fina como uma agulha
talvez por isso não consegui encontrar.
Então tentei ir embora...
De todas as formas...
Mas lá no fundo do meu peito,
dizia uma voz que não era a hora,
eu, me perguntava! E agora?
Foi quando por aqui passou,
uma medrosa senhora,
que os seus vis amantes
 chamam de guerra,
aniquilando tudo que há em cima da terra.
Moço, veja com seus próprios olhos,
nada aqui mais medra...
Mesmo assim, eu quis ficar e
pude vê bem de perto
o que trás uma guerra.
Para uns gritos, mortes, gemidos e risos...
Já para outros a paz.

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