terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Pe. Rogério Marcos da Silva (spr) - Nada é definitivo, só a morte

“Eu não me queixo da vida,
O meu remédio é  viver,
Quero... Cantando
Ver minha gente crescer...
Faço um enredo da lida,
Nada me dá mais prazer”.
(Das Águas, Chico Porto e Márcio Valverde)

Queridos conterrâneos e irmãos em Cristo, com quem, durante cinco anos, partilhei os meus primeiros anos de ministério sacerdotal.
Ao iniciar esta mensagem fiquei em dúvida se seria um texto de despedida ou apenas de agradecimento por tudo o que cada santo-amarense me ofereceu nestes anos de convivência.
Não pode ser uma despedida, pois sempre estarei com vocês. Afinal esta é minha terra. Como diz Mons. Sadoc, nós somos do lugar onde nosso coração está, e tenham certeza que o meu coração nunca sairá de Santo Amaro.
Deixar o trabalho pastoral na paróquia de Nossa Senhora do Rosário foi uma decisão muito difícil, pelo amor que tenho a esta comunidade. Mas lembro a todos que, no dia da minha ordenação sacerdotal, eu prometi a Dom Geraldo, então Arcebispo de São Salvador, obediência a ele e aos seus sucessores. Quando o atual Arcebispo, Dom Murilo, me fez a proposta de assumir a Ação Pastoral em outra comunidade da arquidiocese, para qual estava tendo dificuldade de encontrar alguém para enviar, era impossível dizer não, por amor a Igreja de São Salvador para cujo serviço fui ordenado, e à qual devo minha formação e ministério.
Deixar, porém, de ser administrador da paróquia do rosário, significava perder os cuidados daqueles que me foram muito fiéis no trabalho de evangelização e a administração desta igreja viva de santo amaro que ó rosário. Gostaria de escrever cada nome neste texto, mas estou certo que Aloísio Lago não me daria tanto espaço para esta homenagem. Mas você que viveu cada momento comigo de alegria e de preocupação, cada conquista e fracasso, cada sacramento e doação, sabe muito bem que eu falo de você meu querido irmão e irmã.
Sei que o trabalho na comunidade de Sete de Abril não será simples, mas tenho a convicção, fundada na diversidade e profundidade das relações que construi em Santo Amaro, convicção reforçada pela diversidade de pessoas presentes na celebração de despedida e de seus testemunhos de amizade, que meus amigos e irmãos santo-amarenses, para além de suas convicções religiosas, estarão torcendo por mim nesta nova missão.
Quando fui enviado para Santo Amaro pensei que seria apenas para conhecer, mas descobri logo que depois que conhecemos, amamos e somos amados. É deste querer bem que quero falar: para tantos que passam por Santo Amaro, Santo Amaro é apenas mais uma cidade conhecida. Para mim foi o meu lar, minha primeira casa, primeira árvore de natal, alegrias e sonhos realizados. Parecia que tudo era definitivo, e foi, pois vivi estes cinco anos com grande intensidade, como definitivos, não como quem está de passagem, provisoriamente.
Tenho um pedido a todos: colaborem com Padre Kleber, meu irmão no ministério, para que tudo que foi construído seja levado a frente e para aproveitarmos de seus dons, crescendo na nossa caminhada, pois ele veio para nos ajudar a sermos igreja, povo de Deus. Ao Pe. Kleber desejo que Deus o abençoe na sua missão. 
À Paróquia do Rosario peço que nunca se esqueça da esperança cheia de confiança com que, juntos, sempre nos colocamos nas mãos do Pai, apoiados no testemunho do grande seguidor do Cristo, Antonio de Pádua, relembrado todas as terças-feiras entre nós: “Santo Antonio pediu, Santo Antonio rogou, Santo Antonio alcançou, eu ei de pedir, eu ei de rogar, eu ei de alcançar!”
Queridos santamarenses, obrigado pelo carinho e amor a mim oferecidos. Com carinho agradeço Aloisio Lago pelo apoio e atenção a tudo que foi realizado no Rosário e parabéns por mais um ano de trabalho com o jornal. Paz e bem para todos!

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