quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Doença -

Antes de desembarcar em Manaus no último dia 24, Dilma Rousseff ficou ressabiada com o relato do ex-presidente Lula, seu companheiro de voo, sobre uma rouquidão estranha e persistente.  Naquela mesma segunda-feira, a presidente da República pediu à secretária uma ligação urgente assim que retornou a Brasília. "Kalil, você tem que caçar o homem. Ele não está legal." Do outro lado da linha estava Roberto Kalil Filho, cardiologista pessoal dos dois petistas.   Quatro dias depois do telefonema de Dilma, Lula aparecia no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Levava sua mulher, Marisa Letícia, incomodada havia dias por uma dor de cabeça.        O médico, então, aproveitou e examinou paciente e acompanhante.    Menos de 24 horas depois, uma equipe do Sírio anunciava o diagnós-tico: o ex-presidente iniciaria rapidamente a quimioterapia para tratar um tumor na laringe.     Durante a viagem a Manaus, Dilma deu uma rara ordem ao padrinho político: "Nem pense nisso. Você vai ter de ir ao médico já!" Decidiu interferir ao desconfiar que o conselho não seria seguido. Lula temia confirmar o que suspeitava ser câncer.

Nenhum comentário: