terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Trombone

O Trombone: Muitos o consideram, polêmico; tem quem o ache maluco; dizem ser oportunista; aproveitador,  O que diz sobre esses qualificativos que lhes são atribuidos?
Valmir Figueiredo - Simplesmente nada! As pessoas falam o que querem e pronto. Sou daqueles que respeita o que cada um pensa, com o direito de discordar. Tudo o que faço e digo, sou responsável pelo contéudo e pela forma,  e todos tomam conhecimento, concordando ou não, com a mensagem que leva as minhas assinatura e foto, portanto, com destinatário e remetente conhecidos. Nada de anonimato, o que considero infame, covarde, vil e repugnante. Quem se escuda atrás dos outros para emitir agressões gratuitas não merece o meu respeito, porque se trata de um banana. A minha família, meus filhos, meus amigos e o povo, bom, de Santo Amaro, são os que merecem a minha atenção e respeito. Nada vai me tirar do caminho que eu mesmo escolhi, o de trilhar no combate à corrupção. Aqui, está campeando descaradamente enquanto o pobre coitado fica dando voltas no corpo pra comer um pedaço de pão dormido, enquanto as ruas da cidade servem para trio elétrico desfilar , à funcionários públicos vestirem camisas vermelhas, ouvir foguetes aos montes pipocarem nos céus da cidade. Se não bastasse, comida e bebida servidas fartamente, no ato de filiação do Prefeito Cabeludo, ao Partido dos Trabalhadores - PT, que até outro dia não admitia ter um corrupto nos seus quadros - não é mesmo presidente, João Militão? Não é mesmo Bobô? Não é mesmo Joaquim e tantos outros,?
O prefeito da cidade, Ricardo Ma-chado, o Presidente do PT , João Militão e o Deputado Federal, Rui Costa, devem uma explicação ao povo de Santo Amaro. Quanto custou esse ato de filiação e publi-car a planilha de despesas do evento, com os fornecedores e prestadores de serviço, ou então concordarem que foi com o dinheiro público. É por isso que Valmir Figueiredo não presta, é por isso que é corrupto, etc e tal. Valmir Figueiredo é um homem pobre e  nunca, - e desafio quem prove em contrário - meteu a mão, melhor dizendo, roubou dos cofres públicos para o seu sustento e da sua família. Nada vai me tirar do caminho, volto a dizer, que por livre e espontânea vontade escolhi. Se tiver que pagar um preço por tudo isso que digo e faço, não vou me arrepender, porque estou consciente do que estou fazendo. Não abro nem fecho portas para ninguém, especialmente para quem num passado remoto, foi considerado corrupto.


O Trombone: - Entendendo tudo isso como um desabafo. O que tem a ver com a reunião que teve com o prefeito Ricardo Machado, na capital no dia 23/09?
Valmir - Antes de mais nada, quero deixar bem claro que fui convidado pelo prefeito, por telefone, para um encontro político,  a fim de discutir o problema da minha situação partidária, ou seja, minha permanência no PSC.
O Trombone: - Houve algum entendimento, digamos, negociação para voltar a apoiar o prefeito?
Valmir - Em hipótese alguma. Apenas tratamos da minha posição partidária. O pedido dele foi mais longe.  Se não permanecesse nas hostes do PSC, que me filiasse a qualquer partido da base governista.
O Trombone: - Esse encontro  longe dos olhos de Santo Amaro - (Salvador), não lhe causou nenhum tipo de constrangimento?
Valmir - Não. Me senti a vontade, pois, fui tratar de assuntos de ordem partidária e não pessoal. Como filiado ao PSC tenho que seguir normas ou regras desse partido. Como poderia me desfiliar  sem uma conversa política com os seus mandatários? Aqui, quem controla é o prefeito, e porque não sentarmos  para discutir o problema?
O Trombone: - Toda a cidade vem acompanhanhando o seu desempenho político, na Câmara e fora dela. É também considerado o mais aguerrido,  o mais contundente dos opositores ao Prefeito, especialmente no campo ético. Por duas vezes consecutivas, dias 2 de julho e 7  de setembro, o senhor distribuiu panfletos  nominando o prefeito e qualificando-o como ladrão de colarinho branco. Como foi a sua reação ao ficar frente a frente com ele nessa reunião?
Valmir - Absolutamente normal. Sem nenhum tipo de constrangimento. Quando o assunto pedia clareza,  agía com dureza, pois, em jogo estava a minha situação partidária e  o meu futuro político.
O Trombone: - A prisão que lhe foi imposta, no dia 2 de julho, segundo depoimentos seus, por ordem do prefeito Ricardo ao Comando da Polícia, não lhe causa nenhum tipo de revolta, e  lhe permite  sentar-se à mesa com o seu algoz?


Valmir - Num regime democrático a convivência entre as pessoas, tem que ser no mínimo civilizada, e como aprendi com meus pais os princípios da educação, estarei com qualquer pessoa, em qualquer lugar tratando de assuntos políticos, especialmente em se tratado de coisas do interesse popular.
Trombone -  Na tarde do encontro com o Prefeito, os comentários na cidade eram um só. Valmir aderiu. Essa ficha  rolou ou vai rolar?
Valmir - É difícil de acreditar, mas os meus próprios companheiros de oposição, estão se encarregando de macular a minha imagem e posição política. Ninguém tem autoridade moral para dizer o que devo fazer e quando, quem decide sou eu, consultando apenas a minha consciência. Várias tem sido as formas para  macular o meu nome. Outro dia mesmo, me recusei  participar de programa em uma emissora de Candeias, com a participação do advogado do Prefeito, Leite Matos. Os meus companheiros foram os primeiros a difundirem mentiras de que eu ‘’já havia roído a corda e passado para a base do governo. Santo Amaro sabe e acompanhou bem a minha luta no período do Golpe Militar e sabe também que enfrentei o cacique deles - ACM, com destemor. Seria diante do Cabeludo que haveria de me curvar? Se esqueceram que o prefeito tem um processo contra a  minha pessoa tramitando na Justiça? Se esqueceram que quando fui ouvido na justiça, nesse processo, reafirmei tudo contido no panfleto - IPTU é roubo não pague? Como de uma hora para outra iria virar a casaca? Tudo na vida tem limites, decência e honradez.
Trombone - Valmir, você está consciente das possiveis consequências com a decisão de desfilar-se do PSC para ingressar em outra agremiação ? Sabe que podem invocar  infidelidade partidária e tomar o seu mandato?
Valmir - Como? Quem está desconfortado sou eu. Os representantes do meu partido  PSC, são  os que me perseguem, ma caluniam e já me levaram até a prisão. Como posso ser considerado infiel. Como o PSC pode requer o meu mandato se assim não procedeu  quando da desfiliação de Ricardo para se filiar ao PT?
Trombone - E as contas de 2009 como ficam?
Valmir - Se depender de mim, vão ficar do mesmo jeito. Não serão aprovadas, a menos que alguém da oposição roa a corda e passe para o governo, essa é a única forma de Ricardo aprovar as suas contas. Dando!

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